Turismo de saúde e bem-estar debatido na Porto Business School

Promovido pelo Tourism Futures Center do Innovation X Hub da Porto Business School, o evento reuniu especialistas nacionais e internacionais para explorar o potencial de crescimento acelerado deste setor.
A Porto Business School (PBS) destacou o turismo de saúde e bem-estar como uma prioridade estratégica para Portugal durante o seminário “O Futuro do Turismo de Saúde e Bem-Estar”, realizado na passada quarta-feira.
Rita Marques, diretora do Tourism Futures Center da Porto Business School, sublinhou o posicionamento único de Portugal no mercado global, afirmando que “o turismo de saúde é mais do que uma tendência — é uma oportunidade real de diferenciação para Portugal. Temos tudo: excelência médica, infraestruturas de qualidade e um posicionamento competitivo no turismo mundial”.
O seminário iniciou-se com uma apresentação de David Vequist, fundador e diretor do Medical Tourism Research Center (EUA), que partilhou tendências globais do setor e reforçou o potencial de Portugal neste mercado. Em seguida, um painel de debate reuniu figuras como Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal; Óscar Gaspar, presidente da APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada; António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto e presidente da Associação Health and Leisure Portugal; Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal; além de Carlos Brito, docente da Porto Business School e moderador da sessão.
Os participantes enfatizaram a importância de colaboração entre os setores da saúde e do turismo para consolidar Portugal como destino de referência. Além disso, destacaram a necessidade de inovação e sustentabilidade, com soluções como a telemedicina, o desenvolvimento de centros de excelência regionais e a criação de pacotes integrados que combinem tratamentos médicos, terapias e experiências culturais.
Para que Portugal assuma um papel de liderança global no turismo de saúde e bem-estar, foi destacada a necessidade de um plano de ação abrangente. Sugeriram-se parcerias público-privadas para integrar os setores médico e turístico, a criação de centros de excelência em regiões estratégicas como Lisboa, Porto e Algarve, e campanhas dirigidas a mercados-chave, como Europa do Norte, Estados Unidos, Canadá e países do Golfo. Além disso, considerou-se essencial o investimento em tecnologia, como a telemedicina, e em infraestruturas sustentáveis para posicionar o país na vanguarda do setor.
Rita Marques reforçou a importância de ações concretas: “Portugal tem uma oportunidade única de liderar globalmente no turismo de saúde e bem-estar. Mas, para isso, precisamos de uma estratégia clara, colaboração entre setores e vontade de investir”.