Três em cada quatro europeus planeiam viajar na primavera e verão
Esta é uma das conclusões de um inquérito sobre as intenções dos europeus relativamente a viagens domésticas e intraeuropeias, realizado pela European Travel Commission (ETC).
De acordo com as conclusões do inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel – Wave 11” da European Travel Commission (ETC), que fornece informações sobre as intenções e preferências de viagem de curto prazo dos europeus durante a pandemia, apesar da incerteza causada pela invasão russa da Ucrânia e da ameaça contínua do COVID-19, os europeus sentem um forte desejo por viajar, sendo que três em cada quarto afirma que tenciona fazer uma viagem nos próximos seis meses.
Além de 77% dos europeus afirmar que planeia viajar entre os meses de abril e setembro, 56% tenciona visitar outro país europeu, 38% pensam viajar entre junho e julho, e 32% entre agosto e setembro. Já 31% considera fazer uma viagem doméstica.
Entre todos os mercados analisados, os entrevistados da Itália, Espanha, Polónia, Reino Unido e Alemanha demonstraram a maior apetência para viajar (+ de 80% dos inquiridos), sendo que as intenções de viagem aumentam com a idade, passando de 69% entre a Geração Z (18-24 anos) para 83% entre os baby boomers (mais de 54 anos).
As férias de sol e praia são a opção preferida para os próximos meses (22%), seguidas pelos city breaks (15%) e férias à beira-mar ou litoral (15%). Como destinos de eleição para estas viagens estão os do mediterrâneo, com Espanha a liderar, seguida de Itália, França, Grécia e Portugal.
À medida que o verão se aproxima, a maioria dos europeus com planos de viagem pretende tirar férias de 4 a 6 noites (33%) ou de 7 a 9 noites (27%), com 25% a optar por viagens de 10 noites ou mais, principalmente aqueles que viajam em família. Já os casais preferem viagens mais pequenas, concretamente até três noites. De referir também que metade dos viajantes tenciona chegar ao seu destino de férias por avião.
A aumentar estão os europeus que tencionam gastar entre 500€ e 1.500€ com as suas férias (agora 51%, +8% em comparação com a pesquisa anterior) notando-se, no entanto, uma descida nos orçamentos mais altos (-8% para mais de € 2.000), “potencialmente devido a as crescentes preocupações com a inflação”, sublinha a ETC.
A ETC alerta que apesar de tantos quererem viajar, apenas 25% têm reservas completas, pelo que “o setor de viagens europeu deve garantir que esteja direcionado aos turistas de última hora neste verão”.
Apesar de as restrições às viagens estarem a diminuir, 17% dos europeus que indicaram tencionar fazer uma viagem entre abril e setembro, estão preocupados com as medidas de quarentena e 15% com possíveis mudanças nas restrições de viagem.
Ao comentar os resultados do relatório, o presidente da Euroean Travel Commission, Luís Araújo, que é também presidente do Turismo de Portugal, afirmou que “o relatório demonstra que a confiança europeia nas viagens está a crescer, agora que a COVID-19 começa a fazer parte do quotidiano”. Não obstante as “novas incertezas” que pairam no horizonte, caso da guerra na Ucrânia e do aumento do custo de vida, trazerem desafios para o setor de viagens, “a a ETC está satisfeita ao constatar que, apesar das incertezas, a apetência por viagens ainda está em alta e o setor turístico europeu continua resiliente”, sublinha ainda Luís Araújo.