Tomada de posse: Rui Ventura quer Turismo do Centro a ser uma “alavanca de desenvolvimento nacional”

Rui Ventura tomou posse esta terça-feira como presidente da Comissão Executiva da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (TCP), numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.
Eleito em Assembleia Geral Extraordinária Eleitoral, realizada no passado dia 27 de março, Rui Ventura sucede a Raul Almeida, cujo falecimento, em dezembro de 2024, deixou o cargo vago. Os restantes órgãos sociais da TCP, eleitos em julho de 2023, mantêm-se inalterados, como o Turisver oportunamente noticiou,
No discurso de tomada de posse, Rui Ventura reafirmou o seu compromisso com a missão da entidade: “A Turismo Centro de Portugal é um desafio ao qual me vou dedicar de corpo e alma”, disse, apelando à união em torno de um projeto coletivo, “Agora é o momento de agarrar as oportunidades, de atrair e agregar todos aqueles que se reveem na diversidade turística única do Centro de Portugal”, que considerou ser “um território ímpar”.
O novo presidente valorizou ainda o papel das pessoas e das comunidades locais porque “não há turismo sem pessoas, sem empresários, sem o cuidado de cada autarca em preservar o melhor de cada concelho. Desde o mais pequeno agricultor ao maior empresário da região, todos contam”, afirmou.
Prioridades estratégicas para o mandato
Entre as prioridades traçadas para o seu mandato, Rui Ventura destacou a necessidade de uma maior articulação institucional: “Acredito que o Centro de Portugal tem condições únicas para ser uma alavanca de desenvolvimento nacional. Devemos falar a uma só voz. Somos um só território, com um único interesse comum”.
Rui Ventura aproveitaria a presença do secretário de Estado do Turismo para apelar à revisão do enquadramento legal que regula as entidades regionais de turismo: “Precisamos de trabalhar na reforma da Lei n.º 33. Os estudos demonstram que é possível avançar para uma maior autonomia administrativa e financeira, sem comprometer o alinhamento com a tutela do Turismo de Portugal. Todas as regiões já provaram que são capazes de manter esse equilíbrio”, frisou.
As prioridades de Rui Ventura para o mandato que agora inicia passam, também, por uma maior articulação entre a Turismo Centro de Portugal (responsável pela promoção interna do território) e a Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal (responsável pela promoção externa); a criação de um hotel-escola na região; a melhoria dos conteúdos e da experiência turística no destino; o estímulo à dinâmica territorial, através de eventos com impacto nacional e internacional; a aposta na digitalização e na sustentabilidade; a implementação de novos modelos de comercialização, distribuição, monitorização e auditoria do destino; o reforço da participação de parceiros públicos e privados nas decisões estratégicas; e o aprofundamento das relações com as regiões vizinhas de Castela, Leão, Extremadura e a Comunidade de Madrid, entre outras.
Equipa, território e Comissão Executiva: os 3 pilares para o sucesso da TCP, segundo Pedro Machado
Na sua intervenção, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, destacou três pilares fundamentais para o sucesso da Turismo Centro de Portugal: a equipa, o território e a comissão executiva.
Sobre a equipa, e recordando o facto de ter presidido à TCP, Pedro Machado assinalou: “Quero começar por saudar os homens e as mulheres que integram a estrutura da Turismo Centro de Portugal. Foram eles que me acolheram quando iniciei funções, e são o verdadeiro núcleo da organização. Representam um porto de abrigo e uma base sólida para o futuro”.
Sobre o território, enfatizou que “o segundo pilar está nesta Assembleia, nos autarcas, nos empresários, na diversidade do território. Um território com diferentes estágios de maturidade, mas onde são as empresas e os empresários que dão músculo ao turismo. Sem operação, não há verdadeira atividade turística”.
Por fim, destacou a comissão executiva da TCP que considerou ser a “base que nos ajuda a ultrapassar momentos difíceis e que nos permite crescer nos mercados internos e externos”.