“Temos espaço para continuar a crescer em Portugal”, garante Sérgio Salvador gerente de mercados da Aeromexico

Representada em Portugal pela ATR, a Aeromexico tem planos para crescer no nosso país e, segundo disse ao Turisver Sérgio Salvador, gerente de mercados offline EMEA da companhia, apesar do problema dos slots, Lisboa integra o grupo de cidades na Europa que estão a ser estudadas para a abertura de novas rotas.
Quais são as principais propostas que a Aeromexico apresenta ao mercado português?
Se me permite vou falar um pouco da Aeromexico. A companhia tem um network de 120 destinos, mais de metade são internacionais, estamos a falar de 69 destinos internacionais e 55 destinos no México, onde somos a companhia bandeira e a companhia líder no mercado doméstico. Os destinos internacionais, na sua maioria, são ligações para os Estados Unidos, mais de 40 rotas, sete para a Europa, seis para a América do Sul, cinco para o Canadá, duas para a Ásia e duas para o Caribe.
Mesmo com a diversificação de rotas de que falei, este ano conseguimos ser considerados a companhia aérea mais pontual do mundo, com saídas no horário de mais de 91% dos voos à partida da Cidade de México.
Temos aberto novas rotas neste ano de 2025, em fevereiro abrimos Cartagena, desde a Cidade do México, para o verão estão previstas aberturas México-Panamá, México-Punta Cana, México-Cádis e, adicionalmente, novas rotas entre o México e os Estados Unidos, concretamente para Filadélfia e desde São Luis Potosí para Atlanta.
Com respeito à Europa e a Portugal em particular, atualmente a Aeromexico tem muito boa conectividade, tanto à partida de Lisboa como do Porto, oferecendo conexões diárias em voos para Madrid, onde estamos a operar cinco vezes por dia no verão, atualmente temos quatro voos diários desde Madrid para a Cidade do México, para Guadalajara e para Monterrey, com voos diretos. Temos uma conectividade com os nossos parceiros da Air Europa, e adicionalmente com nossos parceiros Air France e KLM, e também temos conectividade via Amsterdão e via Paris.
No futuro, mas ainda em 2025, estamos à espera que nos cheguem novos aviões, o 787 que é avião Dreamliner que realiza os voos intercontinentais, e estamos sempre a analisar novas oportunidades para novas rotas, não há nada definido, mas poderia ser um destino na Europa, como Lisboa. O inconveniente de Lisboa é o problema dos slots, mas, evidentemente, que entra dentro da análise de novas oportunidades para novas rotas na Europa, juntamente com a Alemanha, Israel e Turquia.
O que é que estão a desenvolver no mercado português?
Somos uma companhia focada no cliente corporativo e, a partir daí, estamos a tentar, sobretudo, crescer neste segmento, tanto em Portugal como no resto da Europa, sem deixar de lado o mercado de lazer, no qual logicamente, Portugal tem uma procura importante para o Caribe e, para a região mexicana da Riviera Maya.
“O que fizemos no mercado português em 2024 foi consolidar a produção e agora esperamos poder crescer em 2025, tanto na produção quanto no impacto corporativo”
E têm atingido os vossos objetivos em termos do mercado português? Está a corresponder ao que esperavam?
Sim, tenho que dizer que, nos últimos anos, houve um desenvolvimento positivo no mercado. Em 2023 registámos um forte aumento, em parte, por um segmento determinado, onde tivemos bastante afetação ao tema da imigração, o que nos ajudou a aumentar nossas vendas.
O que fizemos no mercado português em 2024 foi consolidar a produção e agora esperamos poder crescer em 2025, tanto na produção quanto no impacto corporativo. Para isso, estamos a colocar produtos no mercado, produtos privados, e também estamos a aproximar-nos dos corporativos que tenham uma produção importante para o México para podermos ter um acordo com eles.
O mercado português compra, essencialmente, o Madrid-México e fica por aí ou compra o Madrid-México e depois uma ligação a outro destino?
O mercado português compra desde Lisboa e Porto, via Mdrid, essencialmente para a Cidade do México mas temos outros destinos como Monterrey, San Luis Potosí, Aguas Calientes e, evidentemente, Puerto Vallarta, Mérida e Cancun, como destinos de férias.
E isso implica ter uma boa oferta de voos internos?
Certo. Como eu disse, cobrimos mais de 50 destinos no México, praticamente todos os aeroportos primários e secundários no México. O último destino interno que abrimos foi Tulum, no ano anterior, que é um aeroporto novo para descongestionar um pouco Cancun.
Então, as expectativas para este ano são de continuar a crescer em Portugal?
As nossas expectativas para este ano são de consolidação. Temos crescido bastante na Europa e em Portugal, e não dispomos de aviões para continuar a crescer ao mesmo ritmo, mas temos espaço para continuar a crescer em Portugal