TAP e Lufthansa iniciam “noivado político”

A António Costa e Olaf Scholz o “casamento” entre a TAP e a Lufthansa não desagradaria. Em conferência de imprensa em São Bento, o primeiro-ministro português afirmou que “a Lufthansa é muito bem-vinda” ao processo de privatização e o chanceler alemão citou a complementaridade entre as duas companhias.
Questionados esta quarta feira pelos jornalistas sobre a possibilidade de a companhia aérea alemã, Lufthansa, ser uma das concorrentes ao futuro processo de privatização da TAP, o primeiro-ministro, António Costa afirmou que o Estado “tem de assegurar um processo transparente” no processo de privatização, ou seja, tem que tratar-se de um processo “onde todos partem em posição de igualdade”.
“Nas pré-consultas ao mercado verificámos que há várias empresas que manifestaram interesse, entre elas a Lufthansa. Sabemos que o interesse da Lufthansa não é recente, já que antes da covid-19 tinha estado em negociações com o (então) acionista privado (da TAP) para tomar uma posição”, lembrou o primeiro-ministro.
Ainda assim, António Costa deixou claro que “obviamente, a Lufthansa é muito bem-vinda” ao futuro processo de privatização, por se tratar de “uma grande companhia aérea”, com uma “estratégia de grande complementaridade relativamente ao hub da TAP”.
Complementaridade foi também a ideia frisada pelo chanceler alemão Olaf Scholz, ao considerar que a estratégia das duas companhias aéreas “é complementar”. A propósito considerou mesmo que, se não tivesse ocorrido a pandemia “já poderiam existir factos consumados nesse domínio”, uma vez que àquela data, as duas companhias estavam envolvidas em negociações.