TAP com prejuízos de 71,9 M€ no 1º trimestre
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No primeiro trimestre do ano, que é tradicionalmente, o de pior desempenho operacional, a TAP registou um resultado líquido negativo de EUR 71,9 milhões. Ainda assim, trata-se de uma melhoria de 14,5 milhões em comparação com o período homólogo e de 34,7 milhões face ao mesmo período de 2019.
A TAP divulgou esta sexta-feira, em comunicado, os resultados do primeiro trimestre do ano, em que, apesar de um prejuízo de 71,9 milhões de euros, foi alcançada uma “melhoria de desempenho operacional, superando o primeiro trimestre de 2023 em várias métricas”, nomeadamente ao nível dos passageiros transportados transportou (+0,6%), da capacidade (+3,8%) e do load factor (+0,3 p.p.).
As Receitas Operacionais atingiram os 862 milhões de euros, aumentando em 3,1% face ao primeiro trimestre de 2023, com destaque para as receitas do segmento de passageiro (+5% para 37,2 milhões de euros), onde se verificou igualmente um aumento do PRASK (+1,2% para 6,25 cêntimos) e da yield (+1,8%).
Já os Custos operacionais recorrentes atingiram 905,2 milhões de euros, registando um aumento de 7% ou de 59,1 milhões em comparação com o 1º trimestre do ano passado. “Esta variação resulta principalmente do aumento dos custos com o pessoal (+EUR 70,5 milhões ou 56,9%) devido aos novos acordos de empresa, contrabalançado pela redução do custo com combustível (-EUR 23,6 milhões ou 8,5%) devido a um preço mais baixo do jet fuel”, lê-se no comunicado.
No período em análise, a companhia registou um EBITDA recorrente de 83,7 milhões de euros (menos 36,3 milhões em comparação com o período homólogo) e um EBIT recorrente negativo de 43,3 milhões ( menos 33,1 milhões do que no 1º trimestre de 2023), “significativamente superiores aos níveis de 2019 (EUR 5,5 milhões e EUR -99,3 milhões, respetivamente)”, sublinha o comunicado.
Citado na nota divulgada, Luís Rodrigues, presidente Executivo da TAP, sublinha que no primeiro trimestre de 2024 a companhia deu continuidade ao processo de transformação estrutural. “O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se ao longo do tempo”, frisou.
Aponta, por outro lado, que “tivemos a capacidade de aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que se traduziu em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada.
Afirmando que a companhia vai estar “à altura do verão forte com um significativo aumento de frequências para o Brasil e América do Norte, Luís Rodrigues diz que “o nosso foco e empenho mantém-se: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das companhias mais atrativas da indústria para os nossos Clientes, Trabalhadores e Acionistas.”