Susana Fonseca comemorou 16 anos de Airmet na fam trip da Jolidey à República Dominicana
A República Dominicana enquanto destino turístico para o mercado português, a nova oferta hoteleira e as excursões que vale a pena fazer, foram os temas centrais da entrevista com Susana Fonseca, diretora de operações da Airmet mas não pudemos deixar de assinalar os 16 anos de Airmet que celebrou durante a viagem.
O dia em que estamos a agravar esta pequena entrevista na República Dominicana é especial para si, já que está a celebrar 16 anos de Airmet.
Exato. Faz hoje [no dia da entrevista] 16 anos que a Airmet entrou em Portugal e eu estou lá desde o primeiro dia, pelo que é uma data especial. Estes 16 anos fizeram-me evoluir muito enquanto profissional, passei por vários departamentos até chegar à direção de operações e tem sido uma caminhada muito interessante e satisfatória.
Viemos a esta viagem do Grupo Ávoris para saber mais sobre Punta Cana e a sua oferta hoteleira, sendo que a República Dominicana é um destino que recuperou muito depressa neste período de pós pandemia. Na sua opinião, isso deve-se a quê?
Em primeiro lugar porque não é um destino desconhecido dos portugueses, o que é fundamental para que as pessoas possam fazer uma escolha mais acertada, mas neste momento também pesa na escolha o facto de se poder vir para este destino sem qualquer tipo de restrição relacionada com o Covid o que é muito importante no momento em que as famílias estão a decidir as suas férias. Além disso, todos sabem que a República Dominicana nunca falha: é um destino com qualidade, com uma boa oferta ao nível do Tudo Incluído, as infraestruturas hoteleiras são muito interessantes, a praia é muito boa, pese embora o facto de agora haver a questão do sargaço mas isso não é impeditivo e na maior parte das praias onde estivemos tivemos a oportunidade de confirmar isso. Por tudo isto, é natural que o destino tenha recuperado muito depressa, acrescendo a isso as apostas dos próprios operadores turísticos que colocaram no mercado programas com preços bastante acessíveis.
Oferta hoteleira tem melhorado com a entrada de novas cadeias
O preço a que estão os pacotes tem impulsionado as vendas?
Acredito que sim, apesar de não achar que haja uma grande diferença entre os preços deste ano e aqueles que tínhamos em anos anteriores mas a verdade é que a oferta hoteleira atualmente é muito superior, há novas cadeias como a AMR Collection, que tivemos a oportunidade de visitar, e o facto de estas novas cadeias estarem a querer posicionar-se no mercado acabou também por trazer preços interessantes.
Vimos hotéis muito diferentes entre si. Se tivesse que dar às vossas agências indicações para dois ou três hotéis, quais escolheria?
Se falarmos do mais acessível a nível de preço e muito direcionado para o nosso mercado, escolheria aquele onde passamos as três primeiras noites da nossa fam trip, o Grand Bávaro Princess. É um hotel totalmente focado no mercado europeu e acaba por agradar a qualquer tipo de cliente português porque é muito interessante e tem todas as infraestruturas necessárias e de que o cliente português gosta.
Para aquele cliente que procura um padrão superior, escolheria o Secrets Cap Cana e o Zoetry Punta Cana, que foram os hotéis que mais me impressionaram – são dois hotéis muito especiais para clientes também diferenciados e com um poder económico um pouco mais elevado.
Tivemos a oportunidade de visitar um hotel em Bayahibe, um pouco afastado de Punta Cana, que aliás tinha muitos portugueses. O que é que achou do hotel?
A zona de Bayahibe é aquela que está a ser menos afetada pelo sargaço e em Portugal isso é conhecido, pelo que é normal que muitos clientes portugueses prefiram essa zona, influenciados pelo seu agente de viagens, apesar de ser um pouco mais afastada do aeroporto. O Dreams Dominicus La Romana Resort & Spa é muito bom gostei e apesar de estar com 94% de ocupação isso não se sentia e como a praia estava ótima, acho que será uma boa opção.
A diferença de preços entre Punta Cana e a zona de Bayahibe é muito significativa? Como é que se contorna essa situação junto do cliente?
É fácil, só a questão do sargaço será um motivo mais do que suficiente para convencer o cliente a pagar um pouquinho mais. A zona tem preços realmente um pouco mais elevados mas os hotéis são também um bocadinho mais exclusivos. Ao lado daquele que visitámos está um Iberostar que é muito procurado pelos portugueses e nisso o trabalho dos agentes de viagens tem sido fundamental porque ninguém quer receber reclamações e nós sabemos que o sargaço tem dado motivo a algumas, por isso os agentes de viagens influenciam os seus clientes a irem para a zona de Bayahibe.
Neste ponto, os agentes de viagens têm que ser muito claros com os clientes, é isso?
Claro, porque se o cliente não estiver devidamente informado, é certo que vai originar reclamação, nós na AIRMET defendemos a clareza na informação para com os clientes.
“Vale a pena fazer opcionais porque vir para aqui e estar uma semana a viver apenas a vida do resort acaba por ser muito redutor. Fazer uma viagem longa só para isso, não”
O que é que achou das opcionais que estão à disposição dos clientes? Vale a pena tirar um dia ou dois à praia para fazer algumas opcionais?
Vale sempre a pena, mas tenho que ser muito honestas: eu estive há 12 anos na República Dominicana e na altura, as opcionais que acabei por fazer foram exatamente as mesmas que as que fiz agora em 2022. Não sei se existem outras opções mas a verdade é que pensei que estivessem já implementadas algumas novidades. Claro que a ida à ilha de Saona é impossível de descartar, é uma opcional obrigatória e, para mim, foi o auge da nossa viagem no que se refere às opcionais. O passeio de buggy é muito engraçado para quem procura algo com mais adrenalina.
Mesmo que saia um pouco mais caro para uma família, vale a pena fazer opcionais porque vir para aqui e estar uma semana a viver apenas a vida do resort acaba por ser muito redutor. Fazer uma viagem longa só para isso, não. Há que conhecer o destino, conhecer os locais e só assim é que se pode dizer que conhecemos determinado país.
Os charters vão parar no final do verão e no inverno, para vir para a República Dominicana, a opção de voo direto é com TAP. Estão a pensar trabalhar, junto das agências, a venda da Dominicana em voo TAP?
Sem dúvida nenhuma que incentivamos isso até porque sabemos que há pessoas que não gostam de tirar as suas férias no verão, sobretudo quem tem que trabalhar no verão acaba por fazer as suas férias no inverno e é nessa altura que têm possibilidade de fazer férias de praia. Como tal, o voo da TAP é uma forma de incentivar a que este destino não seja apenas para férias de verão, ou seja, nos períodos em que existem operações charter.
Comparando a República Dominicana com outros destinos, até bastante mais próximos, mas que têm o mesmo nível de preços, qual é a orientação que dão para que a escolha recaia sobre este destino?
A República Dominicana tem uma característica diferenciadora importante que é o facto de ser ainda bastante selvagem em termos da natureza, o que é interessante porque se formos para outros destinos com os mesmos valores vamos encontrar tudo mais “plastificado” – aqui ainda se consegue encontrar a essência do país.
No Grupo Airmet, a República Dominicana está no top de vendas?
Está entre os três primeiros destinos. A entrada de novos players no mercado incentivou a que isso acontecesse. Nós temos uma política comercial que neste momento nos distancia um pouco da nossa concorrência em que incentivamos a compra do produto dos nossos fornecedores premium que acaba por assentar muito nas Caraíbas e como tal as vendas para a Dominicana têm corrido muitíssimo bem e estamos muito satisfeitos com isso.