Susana Couto: “Quando se vê e sente o destino (São Tomé) é uma experiência para toda a vida”

Susana Couto é sócia-gerente da S & M Viagens e Turismo, Lda, uma agência de viagens que há 11 anos abriu portas em Santo Tirso. Do seu portefólio fazem parte destinos como São Tomé, Cabo Verde, ilhas Espanholas, Caraíbas, Europa, Cruzeiros, entre outros. Há quase 20 anos no setor do turismo, a agente de viagens foi uma das convidadas que o operador turístico Sonhando levou a São Tomé e Príncipe em famtrip.
Lidar com os clientes cara a cara é o que mais valoriza neste ramo e o seu contacto telefónico está disponível para ajudá-los 24 horas por dia, desde o início ao fim da viagem. Quanto à sua estadia em São Tomé e Príncipe, Susana Couto garante que é um sonho tornado realidade.
O que achou deste destino?
Era um sonho muito grande que eu tinha de conhecer São Tomé. Gosto muito de África, já conhecia Cabo Verde, mas era um sonho vir a São Tomé. Convidaram-me e consegui vir, gosto muito do destino. Quando se vê e sente o destino é uma experiência para toda a vida.



Para si é uma mais-valia ter vindo nesta famtrip?
Muito. Eu já vendia o destino São Tomé e até vendia bem, mas sem conhecimento. Temos alguma ideia, porque temos amigos que aqui vêm e dão o feedback, vemos as imagens, mas estar cá mesmo, ver e sentir, não se consegue descrever a sensação.
Pensa que é um destino para todos os clientes?
Não, mas devia ser. Penso que todas as pessoas deviam passar por aqui, é um ensinamento para toda a vida e é uma marca que fica na vida. E mesmo que seja muito bem explicado, penso que todas as pessoas deviam passar por isto, para ter a real noção.
O programa que foi preparado pela Sonhando é suficiente? Acrescentaria mais alguma coisa?
Penso que foi um programa muito bom, visitámos as partes principais do país, foi muito bem aproveitado mesmo. Tivemos bom tempo, o que ajudou muito e foi muito bem conseguido. Para mim foi dos melhores programas que já tive.
Em termos de potencialidade para o turista português, é um destino que se consegue vender bem para todas as faixas etárias?
Sim, consegue-se. Enquanto aqui estivemos vimos turistas portugueses nos hotéis, de várias idades, desde jovens a pessoas de 50, 60 e 70 anos. Penso que é um destino para qualquer faixa etária, temos é de explicar muito bem ao cliente o que vai encontrar. O cliente tem de vir a contar com a realidade, porque se vem a pensar que é uma coisa e, chega aqui e depara-se com outra, é uma desilusão. Mas depois de estarmos cá, de vermos bem como isto funciona e de lhes explicarmos bem, penso que sim. Aliás, eu tenho clientes que vieram a primeira vez e que repetem a segunda e terceira vez e isso quer dizer alguma coisa.
O que pensa das infraestruturas que encontrou em São Tomé?
É pena não haver um investimento nas infraestruturas, mesmo ao nível de casas, saneamentos, eletricidade. Aliás, os são-tomenses têm um património riquíssimo, se soubessem aproveitar aquilo que têm.


No que diz respeito à hotelaria e daquilo que visitou o que pensa dos serviços apresentados?
Claro que há uns melhores do que outros. Mas os hotéis, no geral, são bons. Pelo menos aqueles em que ficámos. Há hotéis médios, claro que um cinco estrelas aqui não é o mesmo que em Portugal, mas há hotéis muito bons, como no Príncipe. Por exemplo, em São Tomé os hotéis Omali e o Club Santana são bons.
Há pessoas que não gostaram do Praia Inhame Eco Lodge, mas eu gostei, é um conceito diferente e também tenho clientes para esse tipo de alojamento. Claro que há o luxo também, como o Sundy Praia, no Príncipe, mas também temos clientes para o Inhame. Clientes que cada vez mais estão virados para a natureza, para a ecologia.
Em termos de relação programa versus preço? É adequado?
Quando estamos a vender e não temos conhecimento de causa pensamos sempre que é caro. As pessoas pensam sempre que é um país africano e é caro. Mas vale bem o valor que pedem, porque a experiência é muito boa, o alojamento também e depois aquilo que se vive e se sente, penso que compensa tudo pelo valor e a viagem que se faz. É uma experiência única. É muito difícil querermos explicar o destino pelas nossas palavras quando temos estes sentimentos, porque o ideal é a pessoa vir e sentir o que estamos a sentir.
“… tem havido muita procura no mês de janeiro e fevereiro pelas vendas antecipadas”
Tivemos dois anos de uma pandemia que destabilizou completamente o mercado. Estamos agora a recuperar, o que se tem vendido mais este ano?
É curioso que este ano tem havido muito mais procura no mês de janeiro e de fevereiro pelas vendas antecipadas. Aliás, nós em novembro e dezembro já fizemos vendas antecipadas, com a black friday, por exemplo, e já vendemos alguma coisa para o verão, mesmo para agosto e setembro deste ano. Não acontecia haver tanta procura logo no mês de janeiro e este ano tem-se verificado isso.
E na sua opinião esta procura deve-se a quê?
Eu penso que é um arrastar por causa do Covid, das pessoas terem estado presas tanto tempo e de quererem viajar. O ano passado já se começou a vender bem e a procurarem cada vez mais a venda antecipada para aproveitarem os melhores preços. Se bem que este ano, na minha opinião, penso que está tudo um bocadinho mais caro do que no ano passado, mas tem havido muita procura.
E quais são os destinos que os clientes têm procurado mais?
Para o verão é mais Cabo Verde, Caraíbas, Senegal e o Egito, já para o período da Páscoa, os destinos mais procurados são Cabo Verde e a Europa.
O Turisver visitou São Tomé e Príncipe a convite do operador turístico Sonhando.