Susana Couto: “Fomos a agência em Portugal que fez a primeira reserva do operador para o Cayo Santa María”
Abriu ao público em janeiro de 2012, em Santo Tirso, a agência de viagens que Susana Couto é sócia-gerente. Trata-se da S & M Viagens e Turismo, onde é privilegiado o contacto presencial com o cliente. Falámos com Susana Couto sobre as vendas do primeiro semestre – que até agora estão bem acima de 2023 – e a procura para o final do ano.
Como é que correu o período de vendas antecipadas na S & M Viagens e Turismo? Sentiram alguma quebra nas vendas com o aproximar do verão?
Houve uma grande procura no período de pré-vendas. Penso que as pessoas este ano anteciparam um pouco as suas compras para o verão. Por exemplo, em outubro e novembro de 2023 nós já estávamos a fazer boas vendas para as Caraíbas para os meses de julho e agosto deste ano, porque os preços eram fantásticos.
Depois, ali por volta de maio, junho, sentimos alguma quebra.
E o que pensa que levou a essa quebra?
Penso que o facto de as pessoas terem comprado com alguma antecedência para este verão foi o principal factor, depois também como houve algumas feiras de operadores turísticos, penso que os clientes estavam à espera dos habituais descontos, mas chegaram à conclusão de que a oferta era “mais do mesmo”, segundo o feedback que tive de alguns clientes.
A S & M Viagens e Turismo está perto de duplicar as vendas em relação a 2023
E em relação a resultados de vendas no primeiro semestre, estão acima do ano passado?
Sim, temos mais vendas. Não quero dizer que em termos de lucros tenhamos mais, mas em termos de vendas, sim. Talvez no que diz respeito a comissões seja o mesmo, porque às vezes vemo-nos obrigados a fazer um preço mais baixo aos clientes, porque temos alguns colegas que infelizmente baixam muito os preços.
Não vou dizer que estamos quase o dobro acima do ano passado, mas estamos lá perto.
Já disse que a procura pelas Caraíbas este ano foi maior. Nas viagens de produto charter quais foram os destinos que se destacaram?
As vendas para as Caraíbas no geral foram muito boas, concretamente para a zona de Bayahibe, na República Dominicana, foi muita a procura, mas também vendemos muito bem Cuba.
O charter para Cayo Santa Maria, em Cuba, teve procura?
Fomos a agência em Portugal que fez a primeira reserva do operador para o Cayo Santa María. No entanto, os clientes optaram mais por Varadero, ou pelo combinado Havana/Varadero, principalmente as pessoas que ainda não conheciamm Cuba. Depois as que já conheciam optaram pelos Cayos.
Nas viagens de curta distância a Tunísia e Cabo Verde foram os destinos com mais vendas
E nas viagens de curta distância, quais foram os destinos que se destacaram mais?
Foi a Tunísia, tanto a parte continental como Djerba. Já as ilhas espanholas, compensava mais fazer um programa à medida, saía mais em conta, até porque nem todos os operadores têm oferta para as ilhas espanholas e os preços que estavam a praticar eram muito caros. Também Cabo Verde, para a ilha do Sal e Boavista, vendemos bem os voos charter.
Houve algum destino que tivesse alguma quebra este ano na procura?
Penso que tenham sido as ilhas espanholas, embora também tenha vendido para Menorca, Palma de Maiorca e Gran Canária que têm hotéis de cinco estrelas muito bons. Depois as pessoas optaram pela Costa Espanhola, Benidorm que tanto se pode fazer de avião como de autocarro e que é um destino barato.
Nas viagens em voos regulares, quais os destinos com maior procura?
Foram as Maldivas, a Maurícia, Zanzibar com o Safari, com o Quénia, Senegal e Egito.
O Brasil já teve anos de ouro no mercado português, mas, entretanto, caiu. Pensa que pode recuperar?
“Por mil vão dois para o Brasil” [risos], sou desse tempo. Depende muito do valor e também do voo, porque desde que houve charters claro que o preço era muito diferente do que numa companhia regular. Os preços aumentaram muito e temos menos procura por causa do valor, mas já temos reservas feitas para o fim de ano. Agora no verão é muito raro vender Brasil, porque é caro e por causa do clima.
Os operadores estão já a lançar no mercado pacotes para o fim de ano, então já está a ter procura?
Temos muita procura para Salvador da Bahia e depois Funchal e alguns para a zona do Douro.
E para 2025, já há reservas?
Já tenho muitas pessoas a procurarem férias para o próximo verão, até porque muitos não conseguiram reservar para este ano, porque vinham à procura de promoções de última hora, que “não houve”, e os preços de alguns destinos eram absurdos.
E “dores de cabeça” este ano houve alguma coisa a apontar?
Até vou bater na madeira, mas este ano não houve nada de mais complicado. Só aqueles cancelamentos por causa do tempo no Funchal, mas isso já estamos habituados. Nada de muito complicado.