Sonhando vai ter o Egito em charter e “as operações podem ter ainda algumas novidades” disse José Manuel Antunes

O Turisver falou com o diretor-geral do operador turístico Sonhando, José Manuel Antunes, e com o seu diretor comercial, Fernando Bandrés, para ficar a saber como estão as vendas para a época da Páscoa e também algumas novidades sobre a programação para a época de verão, como é o caso do Egito.
Uma das novidades da Sonhando para este verão é a entrada no charter para o Egito.
Sim, vamos entrar no charter para o Egito à partida do Porto. Temos programação autónoma, embora seja parecida com a que é proposta pelo nosso parceiro Solférias. Eles tinham lugares disponíveis e nós decidimos entrar nesta parceria até porque o Egito é um destino que me diz muito. Aliás fui eu que lancei o Egito em charter no mercado há cerca de 30 anos, ainda no Club Vip.
A operação assenta em Hurghada. Além disso que opções oferecem mais?
Fernando Bandrés – A base da operação serão as estadias em Hurghada mas depois vamos ter combinados com o Cairo, ou combinados com Cairo + Cruzeiro. A intenção é dar uma opção diferente àquele cliente que não quer fazer apenas férias de praia e, nesse caso, pode juntar a cultura, proporcionada pela estada no Cairo e pelo cruzeiro no Nilo.
A oferta hoteleira em Hurghada tem crescido?
Continua a haver oferta na parte da cidade, que foi onde se desenvolveu primeiro, mas está a desenvolver-se bastante noutras zonas mais modernas. Por isso tentamos programar um leque de hotéis que abrange as diferentes zonas, o que nos permite ir ao encontro das preferências dos clientes. Também damos opções para vários regimes alimentares, para aquele cliente que não quer ficar preso ao regime do Tudo Incluído.
Quantos lugares é que vão ter nesse voo?
José Manuel Antunes – Em garantia temos 30 mas é flexível. A operação vai de julho a setembro e as partidas são só do Porto devido ao problema dos slots em Lisboa.
Os problemas no aeroporto de Lisboa estão a levar os operadores a desviar as operações para o Porto. Posso mesmo dizer que ainda não temos a operação para Monastir à partida de Lisboa montada devido ao problema dos slots. Os voos à partida do Porto estão a ser um sucesso, temos vendas da ordem das dezenas por dia, o que é muito bom, e de Lisboa não estamos a vender nada por não termos como voar. Nós não nos preocupámos muito com a falta de slots porque a TAP tinha voo regular, onde tínhamos assumimos em risco umas dezenas de lugares por semana, em dois dias da operação, só que a TAP decidiu descontinuar os voos e nós ficámos “descalços”.
Temos garantias de hotéis no destino e estamos a tentar tudo para que a companhia com que temos os outros quatro voos, a Nouvelair, que é tunisina, faça também esta operação. Nós queremos que a operação seja feita por uma companhia de bandeira portuguesa ou tunisina e não numa companhia de um terceiro país como acontece com outra operação que foi anunciada há pouco, para que depois não surjam problemas.
Sonhando coloca no mercado uma oferta de lugares em risco superior à de 2022
A vossa oferta é superior ao ano passado?
É, mas tentámos diversificar muito as nossas propostas. A nossa programação base acaba por ser similar à do ano passado: são os dois charters para o Porto Santo, à partida de Lisboa e do Porto, cada um com 18 frequências e os quatro charters da Tunísia.
Ainda assim, só no caso da Tunísia, temos uma oferta de lugares que é superior em 17% à que tínhamos o ano passado e ainda estamos a pensar aumentar mais.
Depois temos algumas coisas novas. Uma grande novidade que a Sonhando tem desde novembro do ano passado é o facto de termos regressado ao Brasil com alguma força, em voos da TAP, quando nos últimos anos só tínhamos feito os charters da Páscoa e do réveillon. Tivemos alguma dificuldade para termos condições de mercado com a TAP mas a companhia acabou por reconhecer que éramos merecedores de uma aposta e o Brasil em voos regulares está a correr muitíssimo bem.
Hoje, o mercado confia na Sonhando e essa confiança que deposita em nós foi mesmo reforçada com a entrada do Fernando Bandrés e isso tem-nos ajudado bastante.
Para a Páscoa, o que é que ainda têm para vender?
Fernando Bandrés– Temos ainda disponibilidade para Djerba e alguma para a operação de Maceió, no Brasil e para São Tomé. Depois temos disponibilidades em tudo o que são operações em voos regulares, nomeadamente para todo o Brasil e para o México, por exemplo.
Como é que está a decorrer este período de vendas antecipadas?
José Manuel Antunes – Está a correr muito bem, de uma forma até surpreendente.
Fernando Bandrés – Conseguimos fechar o mês de janeiro com mais 32% de vendas do que no mesmo mês de 2019 e 54% acima de Janeiro do ano passado e mesmo tendo em conta que em Janeiro de 2022 estávamos em pandemia os números são bons.
Reservas antecipadas em alta e a BTL vai contribuir com mais vendas
Isso tem a ver com a própria evolução do mercado ou com o facto de terem reforçado os acordos com os agrupamentos e agências de viagens?
José Manuel Antunes – Acho que os portugueses estão mais conscientes de que marcando as suas férias nos períodos de vendas antecipadas conseguem melhores preços e têm mais oferta. Antes da pandemia isso também já acontecia, normalmente havia um pico durante os períodos de vendas antecipadas, depois havia uma quebra e as reservas voltavam a subir no last minute e agora parece que esta tendência está a reforçar-se.
O que é que estão a preparar para a BTL?
Nós ainda estamos a finalizar as operações que podem ainda ter algumas novidades, portanto também ainda não temos tudo preparado para a BTL. Por outro lado, sabemos que os descontos de early booking nos hotéis, naqueles que já temos contratados, vão diminuindo à medida que vamos entrando no ano.
Fernando Bandrés – O que estamos a tentar fazer com os parceiros estratégicos é que eles respeitem os descontos do mês de janeiro que é o período em que os descontos são maiores e com isso conseguir ter um diferencial de preço. Claro que depois direcionaremos os pacotes para os hotéis que decidam entrar nessa campanha, pacotes esses que depois serão colocados à venda pelas agências de viagens que vão estar na BTL.
Na BTL vão estar no stand da APAVT?
Vamos, durante os três dias para profissionais, o fim de semana é para as agências de viagens que vendem ao público.
Vão ter produto especial em algum agrupamento de agências de viagens?
Nós colaboramos com todos, não só para a BTL mas para outras ações locais, ou seja, vamos tentando colaborar nas diferentes campanhas que vão surgindo ao longo do ano.
O ano passado, a Sonhando estendeu-se ao Porto, com a contratação de dois delegados. Vão ficar-se por aqui?
José Manuel Antunes – Posso anunciar em primeira mão que vamos ter uma expansão territorial e termos de influência porque acabámos de admitir uma pessoa na ilha da Madeira para fazer trabalho a partir de casa, tal como temos no Porto, porque a Madeira sempre foi um grande mercado e nós não tínhamos lá nada, não acompanhávamos o mercado.
A pessoa que admitimos é a Ana Paula Albuquerque, vai começar ainda neste mês de fevereiro e vai ter também a função de captação de vendas e de reservas.