Sonhando montou megaoperação para a Seleção de Cabo Verde: “Uma logística fora da caixa” afirma José Manuel Antunes
Como contou ao Turisver José Manuel Antunes, diretor-geral da Sonhando, esta megaoperação envolveu uma “logística muito forte” desde um estágio de nove dias em Lisboa, até à operação aérea que levará esta quinta-feira a Seleção de futebol de Cabo Verde para os Camarões e dias depois para a cidade da Praia. “Uma logística fora da caixa” toda montada pelo operador.
A Sonhando tem estado a trabalhar numa megaoperação com a Seleção de Cabo Verde e depois do estágio em Portugal, vai continuar para os Camarões e Cabo Verde?
Sim, esta é maior operação de todas as que fizemos nesta área, porque fomos responsáveis por toda a logística num estágio de nove dias na zona Grande de Lisboa, em concreto no Vila Galé de Sintra, e fazemos o voo que parte amanhã (quinta-feira, 6 de junho) que vai aos Camarões e depois para Cabo Verde.
Portanto, tratámos da vinda dos jogadores, dos mais diversos países – vieram de 11 origens diferentes – e do staff técnico para se deslocar para o estágio, que decorreu na área de Lisboa, mais concretamente em Sintra. Tratamos também do um alojamento que foi no Vila Galé Sintra e do aluguer do campo de treino, no caso foi o campo da União Sintrense, para ser perto do hotel e tornar a logística mais fácil.
No fundo, tratámos de tudo o que envolve uma comitiva deste tipo. Por exemplo, enquanto os clientes normais, em termos de refeições, envolvem pequeno-almoço, almoço e jantar, uma equipe de futebol precisa de seis refeições diárias. Acrescem os banhos, as massagens, gelo…
Só por curiosidade, posso dizer que o consumo de gelo de uma comitiva deste tipo é de 120 quilos diários, sobretudo para as massagens e para o treino, no caso de haver algum “toque”, e para os banhos de recuperação que são com gelo, que é algo que se usa muito na alta competição.
Depois do estágio, a partida está marcada para esta quinta-feira, 6 de junho, para a capital dos Camarões?
Vamos para Yaoundé, capital dos Camarões, onde vamos estar dois dias e depois vamos para a cidade da Praia, onde Cabo Verde joga mais um jogo de apuramento para o Mundial de 2026. Ou seja, montamos toda a viagem e a operação que iniciou no estágio e seguem-se dois jogos, primeiro com a Seleção para os Camarões na capital deste país, e o segundo com a Líbia, em casa, na terça-feira, na cidade da Praia. Ambos os jogos são muito importantes para “os Tubarões Azuis” como é conhecida a Seleção de Cabo Verde.
Depois é o regresso?
Depois temos a logística da saída dos jogadores da cidade da Praia para todo o mundo. São destinos tão diferentes como a Finlândia, os Estados Unidos, Angola, Países Baixos, a Bélgica, e muitos para Portugal, porque há muitos jogadores da seleção de Cabo Verde que vivem e jogam cá, na zona da Grande Lisboa e do Grande Porto… A maioria regressa mesmo a Portugal.
Portanto, trata-se de uma logística forte. Foi em poucos dias que tivemos que organizar tudo e, felizmente, está tudo a correr bem.
Para além do hotel em Portugal, do hotel nos Camarões e depois em Cabo Verde e toda a logística, vocês também providenciaram o avião que é da BestFly. De que tipo de avião estamos a falar?
Sim, exatamente. Estamos a falar do Embraer 190, com 99 lugares. A comitiva da Seleção são 41 pessoas.
Isto é uma operação que acaba por atingir montantes operação parecidos com uma pequena operação charter que vocês fazem no verão para alguns destinos?
Sim. São algumas centenas de milhares de euros. Aliás, posso dizer: são cerca de 300 mil euros. É a terceira vez que fazemos esta operação, o que demonstra que o cliente está satisfeito com a nossa ação, e isso enche-nos de alegria e de orgulho, porque é uma logística muito complicada.
São os campos para os treinos, para os transferes, o transporte da bagagem, toda ela especial e fora do formato habitual, os equipamentos… é toda uma logística fora da caixa.
Eu, como sou um apaixonado de futebol, dá-me um certo prazer fazê-lo, sou eu que tomo pessoalmente em cargo a gestão dos meios, obviamente com o apoio e o auxílio da equipa da Sonhando.
Mas faz questão de acompanhar toda a operação e a deslocação?
Sim, sim. Desde o princípio, desde que a começaram a chegar a Lisboa no dia 29 de maio, até ao jogo com a Líbia no dia 11 de junho, vou estar sempre presente.
Para a Sonhando, interessa que venham mais oportunidades destas?
Sim, e têm vindo. A última que fizemos foi em novembro do ano passado, quando levámos a seleção de Angola às Maurícias e a seleção de Cabo Verde à África do Sul. Anteriormente já tínhamos feito outra operação destas e estamos sempre disponíveis para fazer.
Tentamos fazer o melhor possível, embora seja uma coisa que é obviamente fora da caixa, fora daquilo que é o nosso habitual. O nosso hard core continuam a ser as operações charters de turismo de lazer, dedicados ao mercado português.