Solférias pode avançar com charter para Alagoas no verão segundo Sónia Regateiro

A Solférias terminou esta segunda feira, em Lisboa, o roadshow de apresentação da sua programação de verão. À margem do evento, Sónia Regateiro, diretora de operações, fez o balanço da iniciativa e resumiu as propostas que o operador vai colocar no mercado este verão.
O grande destaque da programação do operador para este verão é o charter para Zanzibar. “Depois do grande sucesso da operação do ano passado para o Senegal, exclusiva da Solférias, este ano abraçámos o desafio de fazer algumas partidas em charter para Zanzibar, em colaboração com a Sonhando, porque achamos que é preciso continuar a ditar as tendências no mercado e a criar novidades e destinos alternativos para os portugueses”, afirmou a diretora de Operações da Solférias, Sónia Regateiro, à margem do roadshow.
Aos jornalistas, a responsável adiantou que a reação do mercado ao novo produto “foi muito agradável”, tendo até em conta que o Zanzibar “não é um destino barato mas é um destino que se destaca pela qualidade e pela oportunidade de se poder ir a Zanzibar num voo direto de Lisboa”.
Uma oportunidade que está a ser aproveitada pelo mercado uma vez que, segundo afirmou Sónia Regateiro, “já se está a vender muito bem”, esperando por isso a responsável que “venha a ser mais um sucesso”.
A operação vai estender-se de 30 de julho a 10 de setembro, em oito rotações charter, ou seja, sete partidas. Segundo Sónia Regateiro, outra das vantagens é o facto de o voo sair de Lisboa num domingo à noite, chegando ao destino na segunda de manhã. No sentido inverso, o voo sai de Zanzibar na segunda à noite pelo que “o cliente aproveita completamente os oito dias no destino”.
Para além de Zanzibar a aposta da Solférias para este verão é “manter e consolidar as operações que já tínhamos”, começando por Cabo Verde, a eterna “estrela da companhia”, com voos à partida de Lisboa e do Porto, este ano com a particularidade de a operação começar antes do período da Páscoa e seguir, ininterruptamente, até ao final de outubro, segundo informou a COO do operador. Novidade para este ano no que se refere a Cabo Verde é o retomar da operação entre o Porto e a Boavista “uma aposta que é exclusiva da Solférias”, frisou.
Somam-se as apostas de consolidação no Porto Santo, com operações de Lisboa e do Porto às segundas feiras; Saidia também de Lisboa e Porto, Monastir, Djerba, Hurghada e Senegal, destino que, avançou “este ano está a ser muito procurado por grupos, com as partidas de 14 e 21 de agosto desde o Porto a estarem esgotadas desde inícios de janeiro”.
Sónia Regateiro destacou ainda o retomar da operação da Páscoa para o Brasil, concretamente para Maceió (Alagoas), com a Exótico e a Sonhando. A propósito avançou que “estamos a ponderar fazer algumas partidas no verão” para este destino.
Com a introdução de Zanzibar e o prolongar de algumas, a oferta da Solférias para este ano é bastante mais elevada do que o ano passado, mas também o risco é muito maior, até porque Zanzibar, é uma operação em que “risco financeiro é muito elevado, são nove horas de voo, logo aí é muito caro”.
A crescer este ano está também a oferta para a Tunísia, com mais três voos do que no verão passado: “Assumimos Lisboa-Monastir e dois voos Porto-Monastir e temos o voo Porto-Boavista”.
Além da possibilidade de alguns voos para Maceió, a diretora de Operações da Solférias diz que não haverá mais novidades, a menos que surja uma oportunidade. “As oportunidades surgem e a Solférias analisa e pode agarrá-las, mas só se for uma oportunidade externa, por iniciativa interna, não”.
Ritmo de vendas está elevado para todos os destinos charter com exceção de Saidia e Porto Santo
O ritmo de vendas está em alta, praticamente todos os destinos estão a vender-se muito bem. “O que está a vender-se menos bem talvez seja Saidia porque é um destino em que o tema é preço e talvez as classes média e media baixa sejam as mais afetadas pela conjuntura económica”, justificou.
Segundo Sónia Regateiro “o Porto Santo, um produto que é caro, está a demorar um bocadinho a arrancar”, no entanto espera que, como se trata de um destino de proximidade, as vendas venham a arrancar mais próximo da época de verão.
Os restantes destinos, nomeadamente Cabo Verde, Senegal, Tunísia e Hurghada (Egito) estão com vendas muito boas, tanto assim que face a 2019, as projeções de vendas do operador para este ano, apontam para um crescimento de 33%”.
Sobre o roadshow, que antes de Lisboa visitou o Porto e Coimbra e que nos três dias juntou cerca de 900 agentes de viagens, Sónia Regateiro sublinhou o seu formato inovador. Creio que foi a primeira vez, em Portugal, que algum operador fez um roadshow tematizado, com parceiros. Queríamos fazer um roadshow que não fosse só mais um. Tematizámos as salas, o investimento é grande, mas partilhado com os parceiros que nos acompanham. Foi um recorde de participação e [o formato] foi muito elogiado pela diferença”.
De sublinhar também a presença no evento de muitos players do Brasil que há muito não participavam em iniciativas deste tipo em Portugal. “As viagens para o Brasil começaram a retomar o ano passado, já no segundo semestre, o interesse de Portugal pelo Brasil voltou a dar sinais de vida e isso chama a estarem connosco”, justificou a responsável.