Só a imigração tem permitido ultrapassar a falta de mão de obra e “não há outra forma de o fazer”, defende Francisco Calheiros

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, foi na segunda-feira, 9 de setembro, às Jornadas Parlamentares do Chega defender a imigração. ”A falta de mão de obra é uma realidade”, afirmou, acrescentando que, por isso, o país necessita de mão de obra estrangeira e de criar condições para receber os imigrantes.
“A falta de mão de obra é realidade. Tem sido ultrapassada pela imigração, e eu acho que não há outra maneira de o fazer”, defendeu o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) em Castelo Branco. Intervindo no painel “Potenciar a economia portuguesa”, Francisco Calheiros afirmou ser necessário “criar condições para que eles [imigrantes] venham, para que não haja filas intermináveis nos serviços, para que tenham habitação, contrato de trabalho e para que possam ter todas as condições para serem integrados, como portugueses”.
À intervenção de um deputado do Chega que no mesmo painel afirmou que o país não necessita de imigrantes mas sim de “acabar com o RSI”, o presidente da Confederação do Turismo contrapôs que “podemos pôr todas as pessoas que recebem o RSI [nos empregos ocupados por imigrantes], porém não chega”.
Francisco Calheiros falou também no aeroporto, considerando que “é o maior constrangimento” para o turismo, e defendeu a localização do Montijo para funcionar em conjunto com a Portela até que o novo aeroporto esteja operacional. “Não discuto Alcochete, que seja. A minha questão é, daqui até lá o que fazemos?”, disse.
Sublinhando que o “turismo vai ser a indústria que mais vai crescer”, Francisco Calheiros defendeu que não existe “turismo a mais”, mas sim “economia a menos” e “uma gestão do turismo no território a menos e errada”.