Sesimbra Oceanfront Hotel não vai ter quinta estrela apenas na parede, assegura Tiago Féteira
A Highgate Portugal inaugurou esta terça-feira, 14 de maio, o Sesimbra Oceanfront Hotel. O primeiro hotel de 5 estrelas de Sesimbra, que resultou da remodelação e rebranding do antigo Sesimbra Hotel & Spa, em que foram investidos cerca de um milhão de euros, tem agora como objetivo “colocar Sesimbra no mapa”, como assegurou o seu diretor-geral, Tiago Féteira Rodrigues.
Com mais de 15 anos de experiência, Tiago Féteira Rodrigues assume aqui o seu primeiro desafio enquanto diretor-geral de uma unidade, depois de ter sido assistente de direção do hotel NAU Palácio Governador. Um desafio para o qual, segundo contou, foi convidado em Dezembro do ano passado e que aceitou devido à “premissa de que o Sesimbra Oceanfront ia ser remodelado e passar a ser hotel de cinco estrelas”.
Sobre os planos que tem para a unidade agora inaugurada, começa por considerar que há vários desafios importantes que se colocam, a começar pelo facto de “o mindset de cinco estrelas não aparecer com uma quinta estrela apenas na parede, houve todo um conjunto de processos e de mindset que teve que ser alterado”, na transição do antigo para o novo hotel.
Acima de tudo, confessa, “o objetivo aqui é colocar Sesimbra no mapa, e este hotel de cinco estrelas vai ajudar”, considerando que “toda esta narrativa, de novos conceitos de F&B, uma equipa de profissionais que nos ajuda transversalmente em todas as unidades para elevar o serviço e a experiência, é essencial para que Sesimbra apareça nos media”
Mercado nacional representa 50% da ocupação e a aposta é no mercado da América do Norte
Localizado no centro de Sesimbra e com acesso direto à Praia da Califórnia, o hotel quer abranger vários públicos e diversos segmentos de mercado. “Nós sabemos que Sesimbra tem uma procura muito sazonal associada àquilo que são as férias da Páscoa, as férias escolares, por isso, ao longo do ano temos que chegar a mercados diferenciados”, disse Tiago Féteira Rodrigues, adiantando que “apostamos no mercado golfista em época baixa” mas também nos casais jovens de Lisboa, enquanto segmento de proximidade.
O mercado internacional também está na mira do hotel, sobretudo o mercado americano, que tem uma boa capacidade financeira, já que o Sesimbra Oceanfront está numa plataforma da Preferred Hotels & Resorts.
“O mercado nacional é importante obviamente, porque vai suportar 50% da nossa ocupação, mas o mercado norte-americano vai ser essencial para que também apareçamos no mapa”, sublinhou o diretor-geral do hotel.
Através do golfe virão “mercados do Norte da Europa, nomeadamente, dinamarquês, finlandês, sueco e alemão, que continuam a ter aqui um peso bastante importante”. Para atrair este segmento o hotel irá passar a ter serviços de que antes não dispunha, como transferes para os campos de golfe das redondezas.
Para se afirmar no mercado e pôr Sesimbra no mapa, o hotel está também apostado em oferecer várias experiências in e outdoor aos clientes, com Tiago Féteira a anunciar que “estamos em comunicação com a Câmara Municipal de Sesimbra, e com alguns stakeholders importantes aqui na vila, para perceber como podemos criar pacotes de 3, 4, 5 noites, em que em cada dia os clientes podem fazer uma atividade no exterior” porque “queremos que os nossos hospedes não se circunscrevam a estas quatro paredes”. Provas de vinhos, atividades como hiking ou coastering na Arrábida, ou ainda parasailing na Praia da Califórnia, são apenas algumas das ideias.
“Sabemos claramente que em junho, julho, agosto e setembro, Sesimbra vende-se por si só, com taxas de ocupação a rondar os 85%, os 90%. No passado, era muito normal esta casa estar 6 meses sempre nos 100%”, havendo agora que “equilibrar a balança, para conseguimos prestar um bom serviço sem esta a necessidade do red line dos 100%”
Questionado sobre quais as perspetivas de ocupação para este ano, Tiago Féteira Rodrigues começou por dizer que, como este será o primeiro ano em que a unidade vai funcionar como 5 estrelas, há ainda que sentir o “pulso” à procura para saber como vai funcionar.
“Sabemos claramente que em junho, julho, agosto e setembro, Sesimbra vende-se por si só, com taxas de ocupação a rondar os 85% a 90%. No passado, era muito normal esta casa estar 6 meses sempre nos 100%”, havendo agora que “equilibrar a balança, para conseguimos prestar um bom serviço sem esta a necessidade do red line dos 100%”.
“Percebendo que a partir de setembro, outubro e novembro, a procura vai reduzir, temos de ser mais realistas e perceber que as taxas de ocupação, a rondar os 50% a 55%, serão o mais correto”, considerou o responsável
Quanto aos preços, o diretor do hotel avançou que ainda não foram ajustados, uma vez que “só agora começamos a funcionar como 5 estrelas” mas “agora vamos ter que nos diferenciar dos restantes hotéis da região” e “ir um patamar acima”. A propósito comenta que “esta notícia das 5 estrelas é maravilhosa para a vila, porque vai permitir aos outros hotéis reposicionarem o seu preço e subirem o seu ADR”.
Relativamente à tipologia das reservas, Tiago Féteira referiu que “a Highgate tem uma política muito própria, e queremos que sejam sobretudo clientes diretos”, através do site e da central de reservas do grupo, muito embora conte também com a Booking e com a plataforma da Preferred Hotels and Resorts.