Senegal “vai ser o destino mais badalado” do ano afirma Paulo Almeida
Paulo Almeida esteve recentemente no Senegal para a inauguração do Riu Baobab, onde se centraliza a operação charter exclusiva da Solférias para aquele destino. O Turisver falou com o diretor comercial do operador para saber mais sobre este novo destino e sobre o novo hotel.
O Riu Baobab vai ser o único hotel da operação daSolférias para o Senegal?
Exatamente. Vai ser o ser o nosso hotel exclusivo da operação charter que é também um exclusivo da Solférias. O Riu Baobab é um cinco estrelas da cadeia RIU e abriu no dia 8 de abril.
Está habituado a muitos hotéis. Como é este hotel?
O hotel mantem o padrão de qualidade dos hotéis RIU, é muito parecido com alguns que já conhecemos, nomeadamente em Cabo Verde, ou seja, é quase uma replicação para um outro local. Neste caso, está em Pointe Sarène como podia estar noutro local. Fica na primeira linha de uma praia com um vasto areal que não é exclusiva mas quase e tem um apoio de praia que é privada, de uso exclusivo para os clientes do hotel.
Uma das perguntas que certamente os clientes irão fazer é a que distância fica o hotel do aeroporto?
Fica a cerca de 50Km. Eu até disse várias vezes que do hotel fosse para onde fosse, são 40 minutos porque foi essa mesma a sensação com que fiquei. Do aeroporto até ao hotel, parte do percurso é feito em autoestrada e outra é uma estrada nacional que passa por algumas localidades pelo que, devido ao trânsito pode demorar-se um pouco mais de tempo, o que não acontece nos voos à noite. Mas no todo, a estrada é boa, não é sinuosa nem esburacada, portanto, o único senão que poderá pôr-se em alguns horários, tem a ver com o fluxo de trânsito.
O Senegal vai além da praia e oferece um pouco de tudo
Comparativamente ao que acontece noutros destinos de sol e praia, este, pelo menos ao que parece, consegue oferecer muitas coisas para além da praia?
É verdade, é um destino que dá para fazer coisas diferentes todos os dias, ou seja, numa estadia de uma semana há ofertas de excursões diferentes para todos os dias, sejam culturais seja para ir a uma reserva ver animais. O Senegal tem a reserva de Bandya, em Saly, que tem uma área dedicada aos leões onde se pode fazer um mini safari – entramos num jipe protegido com grades e quase se consegue alimentar os leões. Do outro lado da estrada há uma reserva com outros animais em estado selvagem e no seu ambiente quase natural, como zebras, girafas, hipopótamos, oxis, javalis, avestruzes…
A nível cultural temos a ilha de Gorée. O local é histórico para Portugal, porque era o entreposto de escravos. Na visita consegue-se ver onde estavam os homens, as mulheres, as crianças, os doentes…
Outra alternativa é a visita a Dakar, que é uma das principais cidades africanas. É uma cidade enorme, muito conhecida, nomeadamente pela estátua da Renascença Africana. Há também a possibilidade de fazer o Lac Rose que assume a cor rosa devido à pigmentação vermelha das algas e que, durante muitos anos, marcava o final do rally Paris-Dakar. Há também a possibilidade de visitar um mercado típico africano, onde se vende e revende de tudo um pouco, desde os animais à fruta. Pode também fazer-se um passeio no Delta de Saloum, num barco típico senegalês.
Temos que ter a noção que estamos em África e, principalmente numa zona como Pointe Sarène, onde até há muito pouco tempo não havia turismo, ao contrário do que acontece em Saly, que já está mais desenvolvida. Portanto, em Pointe Sarène é tudo novidade mas com os charters – o nosso e os de outros mercados que também vão fazer operações – acredito que rapidamente catapultem o turismo nesta zona., até porque os senegaleses fazem negócio com tudo.
Aconselhamos sempre, e ali ainda mais, que as pessoas façam excursões apenas com os nossos recetivos, para segurança dos próprios clientes e também para a nossa.
E a moeda, como é que funciona?
Nas excursões, como nos hotéis e nos restaurantes, o Euro é aceite, já nos mercados é preferível usar a moeda local, o XOF, sendo que 1€ dá 655 XOF, sendo aconselhável trocar moeda logo no aeroporto ou no próprio hotel.
Costuma dizer-se que ir a Cabo Verde é ter um “cheirinho” do que é a África negra. Suponho que no Senegal seja muito mais do que isso?
No Senegal está-se mesmo na África negra. Nós dizemos muitas vezes que Cabo Verde é a Europa de África, acaba por haver muitas regras que são iguais às europeias, como aconteceu com as restrições face ao Covid. No Senegal é tudo diferente, é África pura, seja nos usos e costumes, seja na cultura.
E quais são as regras relativamente ao Covid?
À entrada no país, e também à saída, pedem o certificado de vacinação ou de recuperação, pelo que os passageiros devem levá-lo consigo, seja impresso ou no telemóvel. De resto não pedem mais nada em lado nenhum, não há obrigatoriedade de andar de máscara, nem no hotel nem nos transportes. Além disso, para ir ao Senegal não é preciso mais nada para além do passaporte válido.
O Senegal vai ser o destino do ano?
Não sei se vai ser o destino do ano mas sei que vai ser o destino mais badalado. Talvez não seja o mais vendido porque no caso da Solférias temos Cabo Verde que tem sempre muito boas vendas. Mas já neste momento o Senegal está a ser o destino mais falado nas agências de viagens. Tenho tido muitos telefonemas de agentes de viagens, têm-me feito muitas perguntas através das redes sociais, quer sobre o hotel como sobre o país, principalmente depois de lá ter ido. Penso que já não há nenhuma agência de viagens que não saiba que a Solférias tem uma operação charter para o Senegal – e tem corrido bem.
Quando lá estive falei com muitos clientes portugueses e aquilo que me disseram acabou por coincidir com o que me tinha sido dito pelo diretor do hotel: é um hotel novo, numa região que até agora não tinha turismo e que, embora tenha muitos colaboradores que foram levados de outros sítios, têm também alguns locais e pôr aquela gente a trabalhar num hotel foi uma engrenagem diferente mas o diretor usou uma expressão engraçada, dizendo que dormia cada vez mais e melhor, mais descansado. Os clientes portugueses com quem falei também me disseram que dia após dia sentiam melhorias no serviço. Saber que um hotel que tinha aberto há três semanas servia melhor a cada dia é muito bom e é muito fruto do trabalho dos colaboradores da RIU que foram para lá trabalhar e conseguem manter a qualidade de serviço que existe noutros hotéis da cadeia.
O que é que se pode dizer mais do destino?
É um destino novo num hotel conceituado que mantém o padrão RIU que as pessoas conhecem bem. Um destino africano onde as temperaturas são idênticas às de Cabo Verde, que fica mesmo em frente. Aliás, por curiosidade, podemos dizer que o arquipélago de Cabo Verde tem esse nome porque os descobridores portugueses, que navegavam costa abaixo, encontraram um cabo verde que é aquele cabo mais ocidental que é o cabo de Dakar e distinguia-se porque era muito mais verde do que tudo o que tinham encontrado antes. Como em frente estavam as ilhas, ficaram “ilhas do Cabo Verde”.
Operação charter já tem algumas datas fechadas
Fora da época do charter, estão a fazer programação com a TAP?
Fora da época e dentro da época também, porque temos o charter e temos também os voos regulares da TAP.
A vossa operação começa já a 6 de junho?
A nossa operação começa no dia 6 de junho e acaba no dia 3 de outubro, data da última partida, com voos de Lisboa e do Porto, às segundas feiras.
Ouvi dizer que a primeira partida está fechada, é assim?
Basicamente, é assim: o mês de agosto está vendido, temos só alguns lugares, poucos, para a partida de dia 29 e de Lisboa já não temos lugares para as duas primeiras partidas. Do Porto ainda temos alguns lugares mas as partidas de agosto também estão praticamente cheias. Para o mês de julho as coisas também já estão muito compostas, para setembro é que voltamos a ter disponibilidade mas ainda falta bastante tempo.