Saiba o que os colegas dizem a Vanda Pina depois de integrar a Direção da APAVT
A diretora-geral da Travel 2000 deu os primeiros passos no associativismo quando, em finais do ano passado, aceitou o convite para integrar a lista de Pedro Costa Ferreira à presidência APAVT. Um convite que aceitou pela “admiração” e “respeito” que nutre pelo presidente da Associação e também pelo “desafio”. Hoje é diretora da APAVT.
O ano passado teve o convite para integrar uma lista da APAVT. O que é que pensou quando foi abordada?
A primeira coisa que pensei foi como é que o Pedro Costa Ferreira chegou a mim – esta foi a questão que me coloquei. Não foi o porquê eu, porque isso eu percebo perfeitamente, foi o como.
Claro que tenho as minhas desconfianças, como é óbvio, porque há algumas pessoas que me conhecem muito bem e que são do círculo restrito do Pedro e acredito que tenha sido também por aí.
Acredito que o Covid também tenha tido alguma influência, porque eu nessa altura fui muito participativa, especialmente nas reuniões da GEA, estava sempre muito atenta e acredito que me tenha destacado nessa altura.
E aceitou porquê?
Primeiro porque o Pedro Costa Ferreira é uma pessoa que eu admiro muito e que respeito muito, e iria ser difícil recusar um convite dele. E depois achei que era um desafio, porque mexe muito na minha zona de conforto. Eu sou uma pessoa muito introvertida, muito fechadinha no meu casulo e acho que isto me vai dar oportunidade de me abrir mais um bocadinho. Portanto, também foi pelo desafio.
A Vanda é uma representante das pequenas agências de viagens na Direção da APAVT …
Sim, aliás eu sou mesmo a agência mais pequenina da Direção da APAVT, tenho apenas uma loja com dois funcionários. Acho que não há mais ninguém que tenha tão poucos funcionários e que seja uma loja, em termos de empresa, tão pequenina.
Os seus colegas com pequenas agências não lhe cobram isso? Não dizem ‘estás lá para nos defenderes, os nossos problemas são diferentes’ das grandes agências?
Cobrar não cobram, a maioria deles acaba por dizer que “finalmente está lá alguém mais pequenino” mas é engraçado acharem que só porque se está na Direção conseguimos resolver tudo e saber tudo e como tudo funciona.
Às vezes fazem-me perguntas engraçadas, como por exemplo – e esta para mim foi a mais gira – quanto é que vocês ganham na APAVT? Eu disse, “imenso, nem sei o que é que hei de fazer a tanto dinheiro”.
Somos voluntárias, como é óbvio e estamos a fazer este trabalho porque gostamos, porque gostamos do associativismo e queremos fazer alguma coisa pelo o setor, porque ajudando o setor, estamos a ajudar-nos a nós e isso é importante.
Acho que o associativismo é uma coisa positiva e temos que fazer alguma coisa para funcionar, porque se estivermos à espera que os outros resolvam as coisas por nós, não funciona.
Isto não significa que consigamos mudar o mundo. Não tenho essa esperança, nem nada que se pareça. Mas estar sentada no meu cantinho e não fazer nada, também não é solução.