Ryanair lança petição para manter céus abertos durante as greves

A low cost Ryanair lançou uma petição juntos dos passageiros da União Europeia para que pressionem a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no sentido de esta “proteger os passageiros” durante greves aéreas em França, exigindo serviços mínimos.
A companhia, que pretende chegar a um milhão de assinaturas, quer que a Comissão Europeia tenha uma intervenção nas greves aéreas em França de forma que que os passageiros sejam protegidos, nomeadamente os que não voam de e para França. “A greve é permitida, mas não devia ser permitido minar a liberdade de circulação dos cidadãos europeus e a Comissão [Europeia] tem de interferir e fazer algo a esse respeito”, diz a transportadora.
A posição, intitulada “Proteger os passageiros, manter os céus da União Europeia abertos”, surge numa altura em que a Ryanair salienta que as greves do setor aeronáutico (nomeadamente dos controladores aéreos) em França já atrasaram ou levaram ao cancelamento de voos de mais de um milhão de passageiros aéreos, principalmente de sobrevoo em território francês.
Alegando não existir regulamentação da UE para proteger os voos no espaço aéreo francês durante as greves, a Ryanair exige, em comunicado, que a Comissão da UE tome as seguintes medidas:
- Proteja os sobrevoos franceses durante as greves (usando leis de serviços min) como fazem na Grécia, Itália e Espanha;
- Permitir que outros controladores aéreos da Europa gerenciem voos sobre a França enquanto os franceses estão em greve;
- Mandatar que os sindicatos franceses de controladores aéreos se envolvam em arbitragem obrigatória antes da convocação de greves.
Segundo a low cost irlandesa, 350 voos de ou para Portugal foram afetados este ano, num total de 62.500 passageiros com viagens atrasadas ou canceladas, já que as leis francesas apenas salvaguardam os voos internos.