Ryanair anuncia 14 novas rotas para Portugal no verão
Apesar do aumento das taxas aeroportuárias pela ANA-Aeroportos de Portugal, que a low cost irlandesa condena, a companhia anunciou esta quarta-feira que vai operar 14 novas rotas em Portugal na época de verão. Em paralelo exige ao Governo que “abra o Montijo”.
A Ryanair, anunciou esta quarta-feira, 7 de fevereiro, a sua maior programação para o Verão de 2024 em Portugal com 14 novas rotas que vão ligar aeroportos portugueses a cidades como Estocolmo, Roma, Madrid e Pisa. Soando com os destinos já operados, a transportadora aérea irá operar um total de 170 rotas desde Portugal.
As novas rotas a introduzir este verão incluem Espanha (Alicante, Ibiza e Madrid), Suécia (Estocolmo), Irlanda do Norte (Belfast), Hungria (Budapeste), Polónia (Cracóvia e Poznan), Inglaterra (Norwich), Marrocos (Marraquexe e Tanger) e Itália (Roma e Pisa).
“Estamos encantados em anunciar a maior programação para o verão de 2024 em Portugal, onde continuamos a crescer e abrimos 14 novas rotas. A maior programação de verão de 2024 da Ryanair permitirá que a companhia aérea aumente o tráfego português em 22% em 2024”, disse Michael O’Leary.
Com 28 aviões baseados em Portugal, a companhia espera este ano transportar nas ‘rotas portuguesas’ 13,5 milhões de passageiros, número que reflete um aumento de 7% face ao ano passado.
Ainda assim a companhia sublinha que “os danos causados pela decisão do monopólio da ANA de aumentar as taxas aeroportuárias em +17% a partir de janeiro de 2024 são evidentes”, refletindo-se no encerramento da base da Ryanair em Ponta Delgada, na retirada de uma (de duas) aeronaves B737 da sua base na Madeira e nos cortes adicionais que vão ocorrer este verão em Faro e no Porto.
“No aeroporto de Lisboa Portela, onde há restrições de capacidade, as taxas da ANA aumentaram 17%, muito acima da inflação (2,3%)”, afirma a empresa, acrescentando que esses aumentos “são impostos num momento em que a maioria dos aeroportos europeus está a reduzir as taxas para recuperar o tráfego pré-Covid e incentivar o crescimento”.
“Estes aumentos de taxas de aeroporto acima da inflação apenas enriquecem o monopólio da ANA, de propriedade francesa – VINCI”, argumenta a companhia, com Michael O’Leary a “exigir” que o Governo Português “abra imediatamente o Aeroporto de Montijo para acabar com o monopólio de taxas altas da ANA em Lisboa para sempre”.