Rui Vicente da agência Guia Viagens: “Cabo Verde vendemos muito em voo regular, com a TAP”

Rui Vicente é um dos colaboradores da Guia Viagens, na Lourinhã, a segunda agência de viagens de Paulo Santos e Guida Henriques, depois de terem aberto a sede na Atouguia da Baleia, em 2010. Colegas de trabalho numa instituição bancária foi assim que Rui acabou por ser convidado por Paulo Santos para vir para o mundo das viagens e nunca mais saiu. O Turisver esteve à conversa com este profissional para saber como decorreu o primeiro semestre nesta loja da zona Oeste do país.
Há quanto tempo abriu a Guia Viagens na Lourinhã?
Abriu em janeiro de 2020, três meses antes da pandemia do Covid-19.
Que tipo de oferta têm e quem é o vosso público-alvo?
Os clientes da agência são particulares, de gama média-alta, não trabalhamos com grupos. Procuram essencialmente pacotes, mas também há quem só procure voos. Trabalhamos essencialmente com a oferta de operadores turísticos, mas se aparecer um cliente que procure fly&drive também o fazemos. E, se por exemplo, for um destino mais longe, como o Japão ou Índia, muitas vezes o que fazemos é pedir ajuda ao operador, porque conhece melhor as ofertas locais e fazemos um programa à medida.
O período de pré-vendas foi considerado muito bom pelas agências de viagens, mas depois com o aproximar do verão, muitas sentiram uma quebra. Também sentiram isso na Guia Viagens?
Sim, também sentimos, mas felizmente já tínhamos o verão feito.
E em que mês sentiram essa quebra?
Em maio. Depois, já em finais de maio e junho começaram a aparecer aqueles clientes que ainda não tinham marcado viagens e aconteceu que nessa altura já não havia ofertas para o destino que queriam ou para o hotel ou o voo. E em julho e agosto vieram os clientes que queriam para o momento e já não havia grandes opções, clientes que começam por procurar na internet, mas que depois vêm à agência na esperança de fazermos um milagre.
Na Guia Viagens houve um aumento substancial de vendas no primeiro semestre
Em relação às vendas neste primeiro semestre estão acima do ano passado?
Sim, acima. Houve um aumento substancial no volume de reservas no primeiro semestre em comparação com o mesmo período em 2023 e no segundo semestre, a confirmarem-se as reservas efetuadas o aumento ainda será maior.
Nas viagens de produto charter, a procura por destinos de longo curso como as Caraíbas, foi maior este ano?
Teve mais sim, quer Cuba quer México, quer República Dominicana.
Relativamente a Cuba, o novo charter para Cayo Santa María teve procura?
Sim, alguma, mas não a que esperávamos. A Jolidey e a Solférias vendiam Cayo Santa María e a Newblue vendia Cayo Coco e nós vendemos os dois.
Vendemos muito Cabo Verde e Caraíbas, aumentámos as vendas, e também vendemos Japão e muitos cruzeiros no Mediterrâneo, alguns à partida de Lisboa e outros de Barcelona e Veneza.
E nas viagens de curta distância quais os destinos que se destacaram?
Menorca este ano vendemos mais do que o ano passado, mesmo em relação a Palma de Maiorca e Ibiza de facto destacou-se este ano. Saïdia vendemos menos este ano e para Djerba tivemos algumas reservas.
“Cabo Verde, vendemos muito em voo regular, com a TAP. O voo diário da TAP para vários destinos em Cabo Verde permite-nos arranjar sempre o melhor preço, caso os clientes tenham disponibilidade entre datas”
Nas viagens em voos regulares, quais os destinos que se destacaram?
Cabo Verde, vendemos muito em voo regular, com a TAP. O voo diário da TAP para vários destinos em Cabo Verde permite-nos arranjar sempre o melhor preço, caso os clientes tenham disponibilidade entre datas. Depois vendemos Maurícias, Zanzibar, Maldivas, entre outros.
Já se vendeu muito para o Brasil no mercado português, mas depois o destino caiu. Pensa que está a recuperar?
Penso que não, porque os voos diretos da TAP para o Nordeste ou para o Rio de Janeiro vão sempre cheios com passageiros de mercados que não o português, nomeadamente do mercado brasileiro, e nunca conseguimos encontrar um voo abaixo dos 1.000 euros por pessoa. Portanto, não é um destino barato.
Quais têm sido as vossas maiores “dores de cabeça” este verão?
Até vou bater na madeira [risos], porque o verão até está a correr muito bem. O ano passado houve cancelamentos de voos e charters a passarem de Lisboa para o Porto, mas este ano está a correr bem.
Os operadores estão já a lançar no mercado pacotes para o fim de ano, já começaram a vender?
Já. Para a Madeira e Cabo Verde.