Rita Marques: “Vamos ter que fazer melhor” do que até 2019

A mensagem foi deixada pela secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, na tomada de posse dos novos corpos sociais da AHP, onde considerou que os desafios elencados por Bernardo Trindade merecem resposta célere.
No encerramento da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação da Hotelaria de Portugal, Rita Marques, secretária de Estado do Turismo Comércio e Serviços, reconheceu os desafios que tinham sido elencados pelo novo presidente da AHP, considerando mesmo que Bernardo Trindade tinha sistematizado “os desafios que temos pela frente” para assegurar a retoma do setor. Os desafios que tinham sido apontados “mantêm-se oportunos e têm que ser respondidos com brevidade”, afirmou, sublinhando que “são consensualmente aceites” pelo governo e pela tutela.
“´É bem verdade que trabalhámos bem até 2019, é bem verdade que fizemos muito até 2019, mas a partir de hoje, em que se assiste, não ao regresso aos valores de 2019, mas sobretudo ao renascimento de um novo ciclo do turismo, temos de fazer melhor”, afirmou, juntando neste desafio que é o de fazer melhor, o governo como um todo, o Ministério da Economia, a sua Secretaria de Estado e os próprios empresários.
A secretária de Estado respondeu ainda a algumas das preocupações levantadas por Bernardo Trindade, caso da operacionalidade do Aeroporto da Madeira, tendo deixado a promessa de “em breve” haver decisão sobre o concurso público para a aquisição de novos equipamentos que têm em vista a melhoria da operacionalidade daquela infraestrutura aeroportuária.
Outro tema que abordou foi o da sazonalidade do turismo. Recordando que uma das preocupações inscritas na ET 2027 tem a ver com a sazonalidade do turismo e que esta tem siso diminuída, sendo até Portugal reconhecido como um dos países onde ela menos se sente, Rita Marques disse no entanto que sazonalidade é algo que “vai sempre existir” o que se “reflete no emprego”, com o turismo a ser, por isso, uma atividade em que sempre haverá sazonalidade ao nível dos postos de trabalho, um ponto que tem que ser tido em conta quando se aborda o problema dos recursos humanos no turismo.
Outro ponto abordado pela secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços foi o da carga turística que tem que ser diversificada ao longo do território, tal como está também inscrito na ET 2027.
Reconhecendo que “temos uma mão cheia de desafios pela frente”, recordou que a marca turística Portugal tem ajudado ao reconhecimento de outros sectores de atividade, e deixou mesmo bem clara a sua confiança na capacidade de o setor turístico, como um todo, “reclamar o posicionamento e o protagonismo que merece e deseja” ter em Portugal, uma vez que, afirmou, “o setor é resiliente, combativo e inovador”.