Rita Marques quer turismo a aproveitar bem todos os aeroportos nacionais
A secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, apelou esta terça feira aos agentes turísticos para que, enquanto não houver novo aeroporto, aproveitem os restantes aeroportos do país. Rita Marques respondeu também ao presidente da CTP afirmando que os apoios do Turismo de Portugal já estão do lado das empresas.
A secretária de Estado do Turismo pediu esta terça feira, 27 de setembro, para que os agentes turísticos desenvolvam o tráfego nos restantes aeroportos do país, enquanto não há uma decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa.
Reconhecendo que o novo aeroporto de Lisboa “é extremamente importante para o turismo” e “uma grande reivindicação que o setor do turismo vem há largos anos apresentando”, Rita Marques sublinhou que esta infraestrutura aeroportuária “representa 50% do tráfego aéreo nacional” pelo que, sublinhou, “temos outros 50% que trabalhar, que angariar e, portanto, temos aqui um potencial extraordinário”.
A governante, que falava na VI Cimeira do Turismo Português, deixou claro que “o setor do turismo não pode desistir” e que, enquanto não houver solução aeroportuária para Lisboa, há 50% do tráfego espalhado pelos restantes aeroportos do país (Porto, Faro, regiões autónomas) que deve ser aproveitado. “Façamos todos um esforço para que os outros 50% [do tráfego aéreo], esses que dependem de nós, possam ser angariadores de mais turistas, melhores turistas”, contribuindo assim também para desenvolver a coesão territorial, disse.
Sobre aos apoios às empresas, e respondendo ao presidente da CTP que tinha abordado o tema na abertura da Cimeira (ler aqui), dizendo que os apoios às empresas anunciados pelo Governo não chegaram ou são insuficientes, a secretária de Estado do Turismo afirmou que, no que dependia do Turismo de Portugal, os 2.000 milhões de euros disponibilizados no âmbito do programa Reativar Turismo já estão do lado dos empresários.
A falta de recursos humanos foi outro dos temas abordados por Rita Marques. Para a governante, o setor tem a responsabilidade de “acolher bem” os trabalhadores que Portugal pretende angariar através dos acordos de mobilidade no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). E este “acolher bem” diz também respeito aos salários, já que o turismo, lembrou, “paga menos bem” do que outros, apesar do esforço que tem sido feito para pagar mais. Ainda assim não deixou de reforçar a necessidade de o setor trabalhar no sentido de criar melhores condições para todos os que trabalham nesta atividade.