Restauração e alojamento aumentam faturação de janeiro a maio
Um inquérito realizado pela AHRESP revela aumentos de faturação nos primeiros cinco meses de 2023, face a 2022, sobretudo no alojamento, apesar da redução da procura na restauração que mais depende do consumo interno.
De acordo com os dados recolhidos pela AHRESP, nos primeiros cinco meses deste ano, a maioria das empresas de alojamento e restauração registou aumentos na faturação, face ao mesmo período de 2022. Na restauração, 35% das empresas evidenciou subidas de até 25% na faturação, enquanto no alojamento, 31% registou aumentos até 30%.
“A análise das respostas recebidas pela AHRESP, permite concluir, por um lado, que o alojamento continua a crescer sobretudo devido à evolução do turismo internacional, mas, por outro, que a restauração dá sinais de preocupação”, comenta a Associação.
Ainda assim, os dados do inquérito revelam que as empresas de restauração, que dependem quase na totalidade do consumo interno, têm vindo a perder clientes desde o início de 2023, essencialmente nos dias de semana. Por isso, a AHRESP alerta para a urgência de uma atenção especial às empresas de restauração e similares que mais dependem do consumo interno e que “revelam perda de clientes entre janeiro e maio”.
Os dados recolhidos revelam também que houve um agravamento de custos no período em análise: o Canal HORECA evidenciou um aumento até 25% dos custos com pessoal, enquanto as matérias-primas alimentares, registaram subidas de custo ade cerca de 25%, tendo mesmo, em alguns casos, atingido os 50%.
No que se refere à tão falada escassez de trabalhadores, os dados recolhidos pela AHRESP mostram que “51% das empresas da restauração e 24% das empresas do alojamento considera não ter trabalhadores suficientes para garantir a prestação de todos os serviços”.
O inquérito permite ainda concluir que as perspetivas sobre os resultados da atividade turística no verão de 2023 são otimistas. Na restauração, as empresas estimam um aumento da faturação até 25%, face ao verão de 2022, enquanto no alojamento a maioria das empresas do alojamento prevê alcançar uma taxa de ocupação média acima dos 80% e estima uma variação das receitas acima de 25% para este verão de 2023 (julho a agosto), face ao do ano passado.
Com base nos dados deste inquérito, a AHRESP reitera “a necessidade na execução e celeridade dos apoios às empresas, para que estas continuem a contribuir para o desenvolvimento da economia portuguesa”.