Reitora da UE: “Profissionais do turismo têm que ser, cada vez mais, globais”
“Os desafios da retoma do Turismo, na perspetiva da imprensa especializada” foi tema para um debate promovido na quinta feira, dia 8 de setembro, pela Escola de Turismo e Hospitalidade da Universidade Europeia.
A moderação do debate, em que participaram responsáveis editoriais dos principais jornais e sites do trade, esteve a corgo de Sofia Almeida, coordenadora da área de Turismo e Hospitalidade mas antes da mesa redonda, a Reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira, quis mostrar a sua satisfação por a instituição que dirige poder levar a efeito uma iniciativa como esta, em que se pretendia olhar sobre o futuro o que, conforme sublinhou, seria impossível há um ano.
Hélia Pereira começou por recordar “em 2020, alguns indicadores da hotelaria e turismo regrediram 10 anos, outros tinham regredido 20 anos, depois de um ano de 2019 absolutamente fulgurante para o turismo e para a hotelaria” e ainda “há um ano não sabíamos o que é que ia acontecer” porque era impossível fazer previsões.
Hoje, no entanto, todos os dados disponíveis apontam para que 2022 ultrapasse o ano de 2019 e “de repente começamos a ver números e indicadores que são absolutamente fulgurantes nesta área de atividade”.
Por isso mesmo, sublinhou a Reitora da Universidade Europeia, “mais do que nunca, fará sentido debater o futuro, como é que vai funcionar a retoma e como é que conseguimos fazer deste setor e destes números, algo absolutamente sustentável”.
Na opinião de Hélia Gonçalves Pereira “temos uma série de desafios pela frente, saímos (ou talvez não) de uma pandemia, entretanto vivemos uma guerra na Europa que parece não ter fim e que provoca, e provocará, temas sensíveis do ponto de vista da mobilidade, que está a induzir uma gravíssima crise económica e social” com tudo isto a poder “impactar no turismo”.
Por outro lado, lembrou, o turismo e a hotelaria que “pareciam ser um sectores altamente competitivos na atração e retenção de talentos e aparentemente terão deixado de o ser”.
A Reitora da Universidade Europeia afirmou também que “enquanto Universidade, achamos que temos um papel fundamental a dois níveis”, o da “discussão destes temas” e outro ao nível da “formação qualificada e diferenciadora”, uma vez que “hoje, os profissionais da hotelaria e turismo não poderão ter exatamente as mesmas valências que tinham até agora”.
A propósito considerou que a Universidade Europeia é um player incontornável na área da formação para a hotelaria e turismo, pelas suas três licenciaturas e a formação de segundo ciclo, com a responsável a anunciar que “vamos submeter mais um doutoramento”. Sublinhou também que uma das licenciaturas da Universidade Europeia “é considerada, até pelo Turismo de Portugal como absolutamente inovador por ser totalmente lecionada em inglês” num momento em que, afirmou, “os profissionais do turismo têm que ser, cada vez mais, profissionais globais”.