Região dos Açores foi a única onde a taxa de ocupação caiu em 2023, revela AHP
Em 2023, a taxa de ocupação na hotelaria subiu 7pp face a 2022, situando-se nos 68%, com os Açores a serem a única região a registar uma quebra. No preço médio por quarto todas as regiões apresentaram subidas, tendo a média nacional atingido os 141€, mais 18% do que em 2022, segundo dados divulgados na sexta-feira pela AHP.
Dados do inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal divulgados na sexta-feira em videoconferência, revelam que o ano de 2023 foi bastante positivo ao nível dos preços médios praticados pela hotelaria. No entanto, ao nível das taxas de ocupação, o comportamento variou bastante de região para região.
No global, a taxa média de ocupação a nível nacional situou-se nos 68%, sete pontos percentuais acima do verificado no ano anterior. Neste indicador, o destaque, pela negativa, são os Açores que, como sublinhou a vice-presidente executiva da Associação, Cristina Siza Vieira, ficaram “bastante aquém da taxa registada em 2022″, com menos cinco pontos percentuais” do que em 2022, quedando-se por uma ocupação média de 64%.
Justificação para este comportamento, já tem vindo a ser avançada pela Associação da Hotelaria de Portugal aquando da apresentação de outros inquéritos, reside em grande medida na perda de acessibilidades aéreas, nomeadamente os voos da Ryanair.
No polo oposto, com um aumento de 7pp face ao ano passado (o mesmo da média nacional), ficou a região Centro que, no entanto, registou a segunda mais baixa taxa de ocupação do país, com 58%.
A taxa e ocupação mais elevada foi registada na Madeira, com 81%, valor que refletiu uma subida de 5pp face a 2022. A região Norte (60%) e Lisboa (75%) também cresceram, em concreto +6pp e +5pp, respetivamente.
Já o Algarve e o Alentejo mantiveram as mesmas taxas de ocupação do ano anterior: 61% e 55%, respetivamente. De salientar que o Algarve não conseguiu ainda atingir a taxa de ocupação que registou em 2019.
De referir que, no global, 71% dos inquiridos considerou que a Taxa de Ocupação de 2023 foi “Melhor ou Muito Melhor que a de 2022”, com apenas 10% a considerar que foi “Pior”.
Por regiões, 92% dos inquiridos da Madeira, 85% do Norte e 75% de Lisboa considerou que a taxa de ocupação foi “Melhor ou Muito Melhor que 2022”, enquanto 38% dos inquiridos dos Açores acha que foi Pior do que que 2022 e 38% acha que foi Melhor. Já 45% dos inquiridos do Algarve e 43% do Alentejo acha que foi Igual a 2022.
Preços médios subiram em todas as regiões
Relativamente ao preço médio por quarto, registaram-se subidas em todas as regiões, tendo a média nacional sido fixada em 141 euros, o que reflete um aumento homólogo de 18%.
Comentando o desempenho deste indicador, 50% dos inquiridos considerou que o Preço Médio praticado foi Melhor ou Muito Melhor do que em 2022, com apenas 3% a considerar que foi pior.
Por regiões, 92% dos inquiridos da Madeira, 85% do Norte e 75% de Lisboa acha que o Preço Médio foi Melhor ou Muito Melhor que 2022; 38% dos inquiridos dos Açores acha que foi Pior do que o ano passado e 38% acha que foi Melhor. Já 45% dos inquiridos do Algarve e 43% do Alentejo considera que foi Igual a 2022.
Relativamente às receitas, 50% dos inquiridos a nivel considera terem sido Melhores ou Muito Melhores do que as de 2022, enquanto 4% considera que foram piores.
Por regiões, 76% dos inquiridos do Alentejo, 58% da Madeira, 55% do Centro e 54% do Norte consideram que foram Melhores enquanto 59% dos inquiridos de Lisboa, 47% do Algarve e 46% dos Açores afirma que foram Iguais.
A propósito, Cristina Siza Vieira recordou que em 2023, a economia portuguesa cresceu 2,3%, impulsionada principalmente pelo setor do turismo, enquanto a Zona Euro cresceu 0,5%. Contas feitas, “foi o turismo que impulsionou brutalmente a economia portuguesa, sem dúvida nenhuma”, afirmou.
No que se refere aos mercados emissores, Portugal foi apontado como um dos três principais por 76% dos inquiridos, valor que evidencia uma baixa comparativamente aos 87% de 2022.
O Reino Unido continua a integrar o top dos mercados mais importantes para 50% dos hoteleiros, ocupando a segunda posição, seguido pelos EUA (41%) que destronaram a Espanha, agora mencionada por 40% dos inquiridos.