Região Centro foi a mais procurada para termalismo em Portugal em 2022

Dos 59.804 clientes que pretendiam usufruir de uma estadia de lazer e bem-estar em Portugal em 2022, 60% escolheu unidades termais na Região Centro, 33% no Norte e 7% na Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve, segundo revela o estudo da Travel BI, do Turismo de Portugal.
Sob o título “Termas em Portugal 2022: Caracterização da oferta e da procura”, o estudo revelado no final de setembro dá ainda conta que dos clientes que “optaram por tratamentos termais (26.778), 46% preferiram unidades termais da Região Centro, 38% as da Região Norte e 16% distribuíram-se pelas unidades situadas mais a sul do País”.
Já entre o total de clientes que pretendiam usufruir de uma estadia de lazer e bem-estar (59.804),
60% escolheu as unidades termais da Região Centro ,33% as do Norte e 7% as unidades da A.M. Lisboa, Alentejo e Algarve.
O estudo acrescenta ainda que em 2022, em termos globais, “31% dos clientes das termas tinha 65 ou mais anos (27.185 clientes). O grupo dos 45-54 anos foi o 2.º mais elevado, com 15.844 clientes (quota: 18%)”. De referir também que “o crescimento relativo mais relevante verificou-se nos grupos etários 35-44 e 45-54 anos”, facto que, segundo o estudo é revelador de “algum rejuvenescimento dos utilizadores de
equipamentos termais”.
O ano passado existiam em território nacional 50 estabelecimentos termais em funcionamento, o que segundo a Direção Geral de Energia e Geologia, a região Centro concentrou 50% das unidades (25), o Norte registou 42% (21), o Alentejo 4% (2) e o Algarve e a A.M. Lisboa 2% cada, equivalente a um estabelecimento por região.
O mesmo estudo deixa saber que os “estabelecimentos termais receberam 86.582 clientes, em 2022, valor que representa um crescimento acentuado de 45% (var.22/21)”. Segundo a Associação das Termas de Portugal, em 2022, 31% dos clientes procuraram tratamentos termais (26.778) e 69% optaram por dias de bem-estar e lazer (59.804). O termalismo clássico aumentou o número de clientes em 25% face a 2021, enquanto a oferta de bem-estar e lazer cresceu 57% no mesmo período. Em nenhuma das valências foram ainda alcançados os números pré-pandemia.
No que diz respeito à faturação, em 2022, “verificou-se no termalismo clássico 7,312 milhões€ (74% do total da faturação) e o de bem-estar e lazer 2,544 milhões € (26%). Em comparação com 2021, a faturação em termalismo clássico registou um aumento de 25% (+1,463 milhões€); mas ainda está 4,220 milhões de euros abaixo de valores de 2019 (-37%). A faturação resultante da vertente de bem-estar e lazer cresceu 47% em 2022 (+818,9 mil €), atingindo o máximo registado desde 2016, 15% acima de 2019 (+ 326,9 mil €)”, revela ainda o mesmo estudo, acrescentando que “em média, cada cliente pagou 273,06€ pelos tratamentos no termalismo clássico, montante igual ao de 2021. Em relação ao preço médio da utilização da vertente bem-estar e lazer foi de 42,71€, um decréscimo de 6% face a 2021”.
O estudo da Travel BI explica que “a maioria dos clientes do termalismo de bem-estar ficaram um dia nas unidades (87%), uma quota que se tem mantido neste nível desde 2016. No entanto, há que realçar que foram atingidos valores máximos nas estadias de termalismo de bem-estar com duração de dois ou mais dias”.
No que diz respeito a clientes estrangeiros, em 2022, os estabelecimentos termais receberam 11.415 (13,2% do total), sendo que 82% são de cinco mercados: Espanha, França, Reino Unido e os EUA.