Quinta dos Frutos, na Graciosa: O primeiro Turismo em Espaço Rural da ilha
Foi o primeiro Turismo em Espaço Rural a abrir na ilha da Graciosa, no arquipélago dos Açores, decorria o ano de 2012. Projetada por um ex-polícia, a Quinta dos Frutos foi herdada por Leontina Santos, sua mulher. As pedras negras, típicas da paisagem açoriana, remetem-nos às casas da aldeia e a toda a azáfama do campo.
Fica no lugar da Vitória, freguesia de Guadalupe, a 20 minutos a pé da orla marítima da Vitória que dispõe de zona balnear, parque de merendas e parque infantil, esta quinta composta por três casas: dois T1 e um T2 e que outrora foram casa de morada, de arrumos de palha e de animais, como conta ao Turisver Natalina Boga, nora do proprietário Albino Melo, que há sete anos ficou à frente do alojamento.
“A minha sogra era filha única e os pais deixaram-lhe a quinta em herança. Era ali onde viviam e mais ao lado tinham outros dois barracões, um para arrumar a palha e outro para os animais”, conta-nos, acrescentando: “O meu sogro, que hoje já conta com 85 anos, foi polícia e reformou-se cedo. Sempre teve a ambição de construir casas para alugar, por isso decidiu seguir com o projeto em frente, comprou mais um terreno contíguo e reformulou as casas, transformando-as em Turismo em Espaço Rural. Na altura foi o primeiro aqui na ilha”.
Integrada nas Casas Açorianas desde a sua abertura, a Quinta dos Frutos possui um pomar com cerca de 7.000 metros quadrados, onde se pode encontrar uma panóplia de árvores de fruto, desde macieiras, laranjeiras, anoneiras, peras abacates, goiabeiras e até alguns frutos tropicais.
É por baixo da vinha que foi colocada uma churrasqueira, comum a todas as casas e que permite alguns momentos de lazer. Mais adiante, já no final do pomar, destaque para a vista panorâmica para o interior da ilha.
Quartos e serviços da Quinta dos Frutos
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A Quinta dos Frutos reflete a cultura e a vivência açoriana nela enraizada e evidente, acompanhada do conforto e bem-estar dos tempos atuais”, pode ler-se no site de as Casas Açorianas e Natalina Boga acrescenta: “Os nossos hóspedes quando vão embora lamentam não terem ficado mais tempo, porque a ilha da Graciosa é uma pequena pérola e tem muito para descobrir”.
A quinta é composta por dois T1, com capacidade de acolher até quatro pessoas. Conta com um quarto com cama de casal, uma cozinha equipada com sala e sofá-cama, uma casa de banho e armários.
O T2 é composto por dois quartos, um com cama de casal e outro com duas camas individuais, cozinha equipada, sala de estar com um sofá-cama e casa de banho. Comporta até seis pessoas. Todas as casas dispõem de televisão e acesso wi-fi. Existe ainda uma lavandaria self service com máquina de lavar e secar, comum a todas as casas.
Segundo Natalina Boga, o alojamento não tem pequeno-almoço, no entanto, os hóspedes podem confecionar as suas refeições. Para as estadias mais longas é oferecida uma cesta com alguns produtos e quando é tempo de fruta madura ou da tão apreciada meloa da Graciosa, “os hóspedes também podem comer”.
Para além disso, cada casa dispõe de café, chá, água e açúcar e se precisarem de produtos Natalina pode providenciar a sua aquisição.
As estadias mínimas na Quinta dos Frutos são de duas noites, embora Natalina Boga acredite que o ideal “seria os hóspedes ficarem entre 4 a 5 dias na ilha, porque temos algumas coisas para serem descobertas sem pressas”.
O que fazer na Graciosa
Faz parte do grupo central do arquipélago dos Açores, juntamente com a Terceira, Faial, Pico e São Jorge e, a que se posiciona mais a norte. Conhecida como Ilha Branca, pela existência de rochas claras na costa sul, é também a segunda ilha mais pequena dos Açores, contando com 4.193 habitantes.
Tem apenas um concelho, o de Santa Cruz da Graciosa e quatro freguesias – Vila de Santa Cruz, Vila da Praia, Guadalupe e Luz. Com as suas ruelas de pavimento empedrado, que embocam numa praça central, com um coreto e dois grandes tanques de água, Santa Cruz é uma pequena vila com casas brancas que se misturam com as pedras negras basálticas.
Uma subida até ao Monte Nossa Senhora da Ajuda, onde encontramos três ermidas dedicadas a São João, São Salvador e Nossa Senhora da Ajuda é visita obrigatória e é também ali, que entre ermidas, bem no meio de uma cratera de um vulcão, o povo construiu uma praça de touros.
E quem é que já não ouviu falar das tão famosas Queijadas da Graciosa? Pois bem, para quem pretender levar um docinho para casa, nada melhor do que visitar a fábrica onde são confecionadas na Vila da Praia. E já que lá está vislumbrar-se com os moinhos, cujas cúpulas vermelhas de inspiração flamenga pintam a paisagem.
Para quem é dado ao relaxamento, nada melhor do que uma ida até às Termas do Carapacho, uma estância termal situada na freguesia da Luz, conhecidas pelas suas águas já desde 1750. A água termal utilizada em todos os serviços disponíveis apresenta uma temperatura entre os 35ºC e os 40ºC, altamente mineralizada tendo como principais características o magnésio, o cloreto e o sódio, sendo indicada na prevenção e tratamento de patologias do foro reumatológico.
Ir à Graciosa e não visitar o Centro de Visitantes da Furna do Enxofre, para compreender melhor os processos vulcânicos que deram origem à Furna, à Caldeira e também a esta ilha, é quase um “pecado”. A decida ao interior da Terra faz-se através de mais de 180 degraus que nos levam até à Furna do Enxofre.
Contacto:
Carreira Aberta – Vitória nº 10
9880-015 Santa Cruz da Graciosa
Ilha da Graciosa – Açores
Tel.: 914516240
e-mail: quintadosfrutos@sapo.pt
Preços: T1 a partir de 50€/noite na época baixa e 70€/noite época alta
T2 a partir de 60€/noite na época baixa e 80€/noite na época alta.