Proveitos totais do alojamento turístico sobem 12% em setembro e Lisboa foi a região que mais contribuiu
Os 3,3 milhões de hóspedes (8,4 milhões de dormidas) registados em setembro foram responsáveis pelo aumento de 12% nos proveitos totais, para 796,0 milhões de euros e pela subida de 12,7% nos proveitos de aposento, para 623,8 milhões de euros, levando a um crescimento mais acelerado dos rendimentos por quarto, revelou o INE.
Dados publicados esta quinta-feira, 14 de Novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística, revelam que os proveitos totais e de aposento cresceram, respetivamente, 12,0% e 12,7% em setembro, para 796,0 milhões de euros e 623,8 milhões de euros, pela mesma ordem. O aumento dos proveitos acelerou, assim, em setembro, face ao mês de agosto, quando os proveitos totais tinham aumentado 7,8% e os de aposento 7,6%.
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,4% dos proveitos totais e 30,8% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (28,1% e 27,2%, respetivamente) e do Norte (16,2% e 16,7%, pela mesma ordem).
No entanto, todas as regiões registaram aumentos nos proveitos, com as maiores subidas a ocorrerem na Região Autónoma dos Açores (+21,3% nos proveitos totais e +21,6% nos de aposento) e na Madeira (+15,1% e +17,9%, respetivamente).
Os dados do INE revelam que, no mês de setembro, o aumento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento: na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,5% e 85,01% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 11,7% e 12,4%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registaram aumentos de 13,0% nos proveitos totais e de 13,7% nos proveitos de aposento (quotas de 9,4% e 11,0%, respetivamente). Já nas unidades de turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,1% em ambos), os aumentos foram de 16,7% e 15,4%, respetivamente.
No global dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 96,5€ em setembro (+9,6%). Por regiões, o valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (151,6€), seguindo-se o Algarve (106,1€) e a RA Madeira (101,5€). Os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+16,1%), na RA Açores (+13,1%), na Grande Lisboa (+11,6%) e na Península de Setúbal (+10,6%).
Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 138,4€ (+9,1%), com a Grande Lisboa a destacar-se, novamente, com o valor mais elevado de ADR (182,3€), seguida do Algarve (144,2€). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, mas os crescimentos mais expressivos ocorreram na RA Madeira (+18,2%), na RA Açores (+12,0%) e na Península de Setúbal (+11,9%).
Estes valores levam o INE a comentar que “depois de três meses consecutivos em abrandamento, os crescimentos do RevPAR e do ADR aceleraram em setembro”.
No acumulado do 3º trimestre do ano, os proveitos totais cresceram 9,0% e os relativos a aposento aumentaram 9,3% (+10,9% e +10,7% no segundo trimestre, respetivamente)
Desde o início do ano, os proveitos totais e os relativos a aposento registaram, ambos, um crescimento de 10,7%, refletindo o crescimento de 3,9% das dormidas neste período (+1,3% nos residentes e +5,0% nos não residentes). Em termos acumulados no ano, os proveitos totais atingiram 5,3 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 4,1 mil milhões de euros.