Proveitos totais do alojamento turístico aumentaram 11% até novembro e superaram os 6,35 mil milhões de euros

Dados do INE divulgados esta terça-feira, indicam que de janeiro a novembro de 2024 os proveitos totais do alojamento turístico aumentaram 11% face a 2023, para 6.355,6 milhões de euros. Na base estiveram os 76,1 milhões de dormidas registados (+4,1%), impulsionadas, sobretudo, pelos não residentes.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento dos proveitos no acumulado de janeiro a novembro refletiu o acréscimo de 4,1% nas dormidas, sendo que as dormidas de não residentes cresceram 4,8%, enquanto as dos residentes aumentaram 2,5%
No mesmo período, os proveitos de aposento registaram igualmente um aumento homólogo de 11%, atingindo os 4,9 mil milhões de euros.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu, nos primeiros 11 meses do ano passado, os 72,0 euros, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) foi de 121,6 euros, o que corresponde a crescimentos homólogos de 7,0% e 6,5%, respetivamente.

Considerando apenas o mês de novembro, os proveitos totais atingiram 385,9 milhões de euros e os de aposento somaram 285,3 milhões de euros, refletindo aumentos homólogos de 16,7% em ambos os casos (+10,0% e +10,9% em outubro, pela mesma ordem).
A região da Grande Lisboa continuou a ser aquela que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e da Região Autónoma da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).
O INE sublinha que “todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos de aposento) e na RA Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente)”.
O crescimento dos proveitos foi também transversal aos três segmentos de alojamento no mês de Novembro. Assim, na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88,0% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17,0%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registaram aumentos de 12,3% nos proveitos totais e 12,7% nos proveitos de aposento (quotas de 8,7% e 10,5%, respetivamente).
Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25,0%, respetivamente.
RevPAR e ADR registaram crescimentos em todas as regiões
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 48,0 euros em novembro, registando um aumento de 11,3% (+7,9% em outubro).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (95,1 euros), seguindo-se a RA Madeira (72,0 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+26,9%), no Centro (+23,8%) e na RA Madeira (+23,3%).
Já o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 98,0 euros em novembro (+6,8%, após +6,2% em outubro).
A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (138,7 euros), seguida da RA Madeira (98,5 euros) e do Norte (86,5 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na RA Madeira (+20,2%), no Centro (+10,5%) e no Oeste e Vale do Tejo (+8,5%).
Em novembro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,1% na hotelaria (+6,2% em outubro), +4,5% no alojamento local (+4,9% em outubro) e +2,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,9% em outubro).