Proveitos do alojamento batem recorde e superam os 5.000M€ em 2022
Pela primeira vez, os proveitos do alojamento turístico em Portugal ultrapassaram os cinco mil milhões de euros, marca que ultrapassou a verificada em 2019 e transformou 2022 no melhor ano de sempre neste indicador. Os dados foram revelados esta terça feira pelo INE.
De acordo com os dados preliminares publicados esta terça feira, 14 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística, o ano de 2022 foi o melhor de sempre em termos dos proveitos do alojamento turístico que ultrapassaram os cinco mil milhões de euros no que concerne aos proveitos totais (+114,7% em termos homólogos e +16,5% do que em 2019). Já no que se refere aos proveitos de aposento, em 2022 foi ultrapassada a fasquia dos 3,8mil milhões de euros, o que reflete um aumento de 117% face ao ano de 2021 e +17,7% do que o valor registado em 2019 que tinha sido, até agora, o melhor ano de sempre.
Face a 2019, os maiores crescimentos registaram-se na Madeira (+29,8% nos proveitos totais e +36,6% nos de aposento). Os proveitos totais e de aposento cresceram menos no Centro (+9,3% e +14,4%, respetivamente) e em Lisboa (+11,5% e +12,8%, pela mesma ordem).
No que se refere aos segmentos de alojamento turístico, os proveitos evoluíram de forma positiva em todos eles. “Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 15,2% e os de aposento cresceram 16,4% (pela mesma ordem, pesos de 87,4% e 85,6% no total do alojamento turístico). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,4%), registaram-se subidas de 14,5% e 15,6% e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 4,0%, respetivamente) os aumentos atingiram 64,6% e 62,4%, pela mesma ordem.
O RevPAR atingiu 56,2€ e aumentou 72,5%, com crescimentos de 74,8% na hotelaria, 81,6% no alojamento local e 18,8% no turismo no espaço rural e de habitação. Já o ADR atingiu 103,9€ e aumentou 17,7%, com subidas de 16,4% na hotelaria, 31,6% no alojamento local e 7,6% no turismo no espaço rural e de habitação.
Os montantes alcançados ao nível dos proveitos em 2022 resultaram, como o INE já tinha informado no final de Janeiro, dos 69,5 milhões de dormidas registadas em 2022 que ficaram a dever-se a 26,5 milhões de hóspedes. Nessa altura o INE também sublinhou que no ano passado, face a 2021, as dormidas aumentaram 22,8% nos residentes e 149,8% nos não residentes, ficando “muito próximas” do nível de 2019 (-0,9%; -5,0% nos não residentes e +8,6% nos residentes). Pela primeira vez desde o início da pandemia, as dormidas de não residentes voltaram a superar as de residentes (67,0% do total de dormidas), ainda que “ligeiramente abaixo” do peso que tinham em 2019 (69,9% do total), detalha o INE.