Projeto Resetting vai apoiar PME do turismo com 100 mil euros
Melhorar e tornar mais sustentáveis as experiências dos turistas e dos locais com recurso a tecnologias digitais, é o objetivo do projeto europeu Resetting que vai apoiar com 100 mil euros as micro, pequenas e médias empresas (PME) do turismo.
Até 10 de setembro as empresas de turismo interessadas em introduzir inovações digitais na sua atividade, “podem candidatar-se aos 100 mil euros”, com “subsídios a fundo perdido que podem ascender aos 9.000 euros por empresa”.
Entre as inovações propostas está o uso da internet das coisas (IoT) para mitigar a sobrelotação “em locais de grande interesse turístico ou melhorar a gestão de parques de campismo superlotados, utilizar drones para auxiliar turistas em situações de emergência ou para promover visitas a lugares inacessíveis, ou recorrer a inteligência artificial e a realidade virtual para melhorar as experiências de turistas e residentes”, lê-se num comunicado difundido.
Segundo o comunicado, as empresas candidatas podem ser PME ou microempresas, sendo que “as atividades económicas abrangidas devem ter o Código de Atividade Económica (CAE) 55 (alojamento) ou 79 (agências de viagens, operadores turísticos e outros serviços de reservas e atividades relacionadas)”.
De acordo com a informação difundida, cada candidatura deve incluir um plano de ação em que o apoio financeiro prestado se situe entre os 7.000 e os 9.000 euros, sendo que “as empresas escolhidas passarão a integrar uma rede internacional de empresas de turismo que abrange cinco países: Portugal, Itália, Espanha, Grécia e Albânia, onde serão partilhadas experiências de transformação digital”.
“Queremos apoiar empresas turísticas para que estas melhorem as experiências dos turistas e aperfeiçoem os canais de comunicação das suas plataformas com recurso a ferramentas inovadoras, baseadas na inteligência artificial, em drones e na realidade virtual”, afirma Pedro Sebastião, presidente do Audax, o centro de inovação do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa.
O responsável adiantou que o consórcio que lançou o Resetting envolve a participação de universidades, de centros de investigação e de empresas de vários países europeus com o propósito de estimular a inovação empresarial e aumentar a sustentabilidade do setor.
A avaliação das candidaturas será realizada por um comité de avaliação constituído por dois peritos, com base em critérios do programa COSME da União Europeia.