Projeto da Vila Galé para a Quinta da Cardiga vai “proporcionar um turismo diferenciador”, afirma o presidente da CM da Golegã
António Camilo, presidente da Câmara da Golegã esteve, na sexta-feira, 8 de novembro, na apresentação do projeto do Vila Galé Collection Tejo, na Quinta da Cardiga. O Turisver falou com o autarca para saber qual a importância deste projeto para o desenvolvimento turístico do município.
Por: Fernando Borges
Que importância tem para a Golegã um projeto como este que vai nascer na Quinta da Cardiga, que tem a marca Vila Galé?
Tem muita. Quando nós percebemos que era a marca Vila Galé que vinha investir neste espaço, percebemos logo que seria um investimento de grande envergadura, além de que este é um projeto consistente, um projeto que visa um turismo diferenciador – só por aí, isto tem pernas para andar. Por outro lado, será um investimento que vai ser importante não só para a Golegã, mas para toda esta zona do Entroncamento, Barquinha, Torres Novas, Chamusca… Estou convicto que vai ser um projeto que vai vencer.
Este projeto vai recuperar um edifício cheio de história, e isso será, por certo, do interesse do município. Neste âmbito, que tipo de parceria poderá ser estabelecida entre a Câmara Municipal e o grupo hoteleiro?
A parceria que vai haver vai ser sempre na facilidade dos licenciamentos. Vamos tentar acelerar os pedidos de pareceres que estamos a pedir às entidades obrigatórias e depois vamos acelerar todo o processo para o início da sua construção.
Claro que é importante reabilitar este espaço, até porque é um espaço lindíssimo, mas mais do que tudo, como disse, é importante proporcionar um turismo diferenciador, porque não é só mais um hotel que vai ser feito, vai ser mesmo um turismo diferenciador e vamos conseguir chegar a bom termo, e com excelentes instalações que vão ser criadas e a recuperação deste imóvel que tem características centenárias.
Se não fosse este projeto, o que é que poderia acontecer a este edifício?
A cada dia que passava, quando vinha por aqui, olhava com tristeza para o edifício porque notava que se ia degradando cada vez mais. Inclusive, no início do nosso mandato, chegámos a contactar os proprietários, um deles, aliás, conhecemos bem, mas na altura eles não tinham possibilidade de recuperar o edifício.
Quando em finais do ano passado, inícios deste ano, eles nos disseram que existia a possibilidade de haver uma solução para a situação do edifício, fiquei completamente agradado e ao ver agora que essa solução está em vias de ser implementada e de se tornar realidade, trata-se de uma circunstância que assume uma grande importância para nós, sem dúvida.
Será um passo importante para o chamado turismo de interior?
Turismo de interior diferenciado, sem dúvida nenhuma, porque não será apenas um hotel, vai ter outras infraestruturas e não só a nível do turismo equestre, vai ter campos de padel, vai ter campos de ténis e além disso, vai ter também como base de apoio, as infraestruturas que nós temos na vila da Golegã.
Este poderá ser o primeiro passo para, juntamente com a Vila da Galé ou outros investidores, tentarem recuperar outros espaços que estão em decadência como este?
Sim, nós temos mais dois ou três espaços sinalizados no nosso concelho e gostaríamos muito de os ver recuperados. Sabemos que é uma tarefa difícil porque para estes investidores é mais fácil construir de novo do que recuperar um edifício já existente, até porque os encargos são completamente diferentes.
No entanto, estamos convictos que os investidores, ao verem este edifício, toda esta estrutura recuperada, poderão ficar sensibilizados no sentido de recuperarem outros edifícios onde possam nascer novos empreendimentos.
Foto:©Fernando Borges