Projeto Bestravel pode captar o interesse de agências já existentes
O administrador da Bestravel, Carlos Baptista afirmou que a rede “está estável” e que o objetivo é a consolidação do seu posicionamento geográfico. Ainda assim, o crescimento está em cima da mesa e até pode passar pela admissão de agências já existentes.
Numa conferência de imprensa à margem da XVII Convenção Bestravel, as vendas e a rentabilidade foram dois temas abordados, até porque o setor atravessa um momento em que o excesso de oferta e as “guerras de preços” são temas que preocupam. Neste âmbito, e respondendo a uma questão do Turisver sobre o número de clientes e a rentabilidade das agências prevista para 2022, o administrador da Bestravel, apesar de não ter precisado o número de clientes que este ano já adquiriram viagens com a rede, avançou que “a nossa venda média está a subir”, sendo “natural que estejamos a vender a menos clientes mas a um preço mais elevado”, ou seja, “vender menos mas melhor”.
Sobre a rentabilidade, Carlos Baptista sublinhou que “a sensibilidade do cliente ao preço é tanto maior quanto menor é o serviço que damos”, pelo que o que a Bestravel pretende é dar sempre mais e melhor serviço, já que, tendo por base estes pressupostos “não precisamos de entrar numa guerra de rentabilidade das agências”. Admitindo que, por aquilo que já está no mercado, possa vir a existir uma “guerra de preços” que levará à baixa dos mesmos, pelo menos em determinados períodos e datas, o administrador da Bestravel sublinha que essa concorrência ao nível dos preços é diferente de uma “guerra” entre as agências que iria deteriorar a rentabilidade das agências. “Não promovemos isso”, afirmou a propósito, explicando que “promovemos precisamente o contrário, que é a entrega do serviço e para que o cliente sinta que aquilo que paga na agência de viagens é o [custo] justo pelo acompanhamento que a agência lhe faz”.
Sobre a atual situação das agências da rede, Carlos Baptista, que falava numa conferência de imprensa à margem da XVII Convenção da Bestravel, lembrou que “passaram dois anos de pandemia, os resultados não foram positivos e as agências estão com balanços destruídos”. Se a situação não é boa, pior seria se não tivessem existido os apoios que existiram: “Os apoios foram fundamentais para que a situação não fosse ainda pior e no momento há esperança em que possam vir a existir mais apoios”, o que neste momento viria a “dar um novo alento” às agências. Deixou no entanto claro que as agências não querem viver de apoios, o que desejam, acima de tudo, é que possa haver “uma estabilização do mercado”.
Reforçando que “neste momento a rede está estável”, o administrador da Bestravel não deixou de dizer que “se for necessário e fizer sentido, poderemos ainda fazer um ou dois ajustes”. Isto apesar de afirmar também que, face à estabilidade da rede “a nossa prioridade é pensarmos nas agências que estão a pedir para aderir ao grupo” para “consolidarmos o posicionamento geográfico de rede”.
O Turisver quis saber de Carlos Baptista se este posicionamento geográfico da rede vai passar por “abrir a porta” a agências já existentes. Respondendo à questão, o responsável admitiu que “o projeto Bestravel, por ser interessante, possa captar o interesse de agências que já existem no mercado e, havendo, esses processos serão analisados como uma nova entrada”, o que significa que a Bestravel não exclui a possibilidade agências de viagens já existentes poderem entrar na rede”