Programação de fim de ano e inverno e a novidade da Solférias para o verão foram o mote da conversa com Sónia Regateiro

Depois do Porto, no passado dia 19, esta segunda-feira foi a vez de Lisboa receber o evento em que a Solférias apresentou aos agentes de viagens os destaques da sua programação para o fim de ano. O Turisver aproveitou para falar com Sónia Regateiro, Chief Operating Officer da Solférias sobre a programação de inverno e as novidades para 2025.
Sónia, este encontro e este convite aos agentes de viagens é para vocês agradecerem o verão e para lançarem a programação de inverno, se bem que o fim do ano já esteja na rua há algum tempo?
Certo. Este evento que nós fazemos questão de manter e que já é uma tradição é, primeiro do que tudo, um agradecimento pelo apoio que nos dão os agentes de viagens, ou seja, é para demonstrar o nosso apreço e agradecimento a quem está ao nosso lado porque é graças a eles que nós existimos
Depois, é também para falarmos um bocadinho de como correu o verão e para falar um pouco não só da parte da programação para o réveillon, que já está no mercado, mas do que são os destinos de inverno, porque nós temos alguns destinos de inverno novos, como é o caso da Gâmbia, que só operamos durante o inverno, com os voos da TAP. Temos agora também um novo destino que é Madagáscar com a Emirates, com quatro frequências semanais.
Além disso, este ano, pela primeira vez, estamos já a lançar neste evento a primeira novidade que vamos ter para o verão de 2025.
Então vamos começar por aí, qual é essa novidade?
É conhecido que a Solférias sempre teve uma ligação muito especial ao Egito. Nós já trabalhamos o Egito desde 2003, conhecemos o destino e ele faz já parte do nosso ADN. Crescemos, fomos muito resilientes na manutenção das operações de Hurghada este ano, quer de Lisboa, quer do Porto, e mesmo com os problemas que estavam a viver-se na faixa de Gaza, conseguimos demonstrar ao mercado que era um destino seguro para viajar, que estava longe, que o que está a acontecer na faixa de Gaza não impedia qualquer viagem de lazer para Hurghada. E o que é certo é que, depois da resiliência da Solférias em manter as duas operações para Hurghada, o destino foi mais uma vez um sucesso e os portugueses perceberam que era seguro viajar para o destino.
Sendo um destino onde nós temos uma tradição e um ADN muito forte, os nossos colegas do Egito já nos tinham desafiado a conhecer outras zonas. O ano passado estivemos em Marsa Alam, e acabámos por abrir também programação para este destino, que fica a sul de Hurghada.
Este ano fomos visitar a Costa Norte do Egito e ficámos muito surpreendidos pela positivo. É um destino que se está a construir, não é novo de todo no mercado, porque já existem hotéis em El Alamein, em Marsa Matruh, desde há 10 anos, já existem operações do Norte da Europa e de Itália para o destino, mas para nós é um destino completamente novo. Há praias paradisíacas, mar Mediterrâneo com uma temperatura fantástica e achámos que era um destino que era a cara da Solférias e a cara dos clientes de Solférias.
Novo destino no Egito fica no mar Mediterrâneo, próximo de Alexandria
E vão começar a operar o charter, a partir de quando e de onde?
Nós vamos voar a partir do Porto, pelas dificuldades de slots no aeroporto de Lisboa, e vamos começar a voar dia 6 de junho até final de setembro.
Pelo que entendi, trata-se de um destino na Costa Mediterrânica do Egito?
Fica ao lado da Alexandria, ou seja, é na linha da Alexandria, a mais-valia do destino, além das praias, é que Alexandria fica a uma hora e meia, e o Cairo a quatro horas, ou seja, aquele passageiro que já visitou a Hurghada mas que não foi ao Cairo pela distância, tem agora uma oportunidade de fazer um full day tour ao Cairo para conhecer as pirâmides, a Esfinge, o novo museu do Cairo, havendo, portanto, essa mais-valia para agregar ao seu destino de praia.
Em termos do inverno, vocês vão fazer a Gâmbia com a TAP a partir de que altura?
É já a partir de Setembro, e vamos promover um webinar no próximo mês de outubro para dar a conhecer a Gâmbia, e vamos também fazer o primeiro webinar da Costa Norte do Egito, para dar formação ao mercado nesses destinos novos aos agentes de viagens.
Para além da Gâmbia, e para além dos destinos que já foram falados, Cabo Verde continua a ser o destino líder?
Sim, o Cabo Verde continua a ser o líder anual. Nós já temos no mercado o charter de inverno com partida do Porto, que começa dia 2 de novembro, este ano em voos da TAP, partilhados com a Soltrópico e com a Abreu. Cabo Verde tem uma interrupção de janeiro, fevereiro e depois retoma em final de março e vai pelo verão fora.
E a Disney, que também é um dos vossos destinos históricos?
A Disney este ano foi um produto muito sofrido, porque sentimos um impacto fortíssimo por causa dos Jogos Olímpicos. Foi impossível vender Disney durante esse período. Acreditamos que os Jogos Olímpicos possam trazer um impacto positivo para o próximo ano e para os seguintes, porque geralmente as cidades que recebem os Jogos Olímpicos nos anos seguintes têm um impacto positivo em termos de visitantes.
Esperamos que no próximo ano possamos retomar as vendas para a Disney, porque este ano caíram e foi bem sofrido.
Qual foi o destino que vos surpreendeu este ano, pela positiva?
A Tunísia teve um crescimento enorme, foi a grande surpresa deste ano. Nós consideramos que a Tunísia ainda é um destino, em termos de mercado português, que está muito equilibrado em termos de qualidade, de preço e de distância, porque são voos curtos.
“Este ano temos quatro voos novamente para o Brasil [na passagem do ano]. Temos dois para Maceió, um de Lisboa e outro do Porto, e temos um Lisboa-Salvador e um Porto-Natal”
A vossa grande aposta, para a passagem de ano, é o Brasil?
Sim, o Brasil tem sempre um relevo e um destaque muito grande na programação da Solférias para a passagem do ano. Essas operações partilhamos com dois parceiros, que é a Sonhando e a Exótico, que também estão nessa operação connosco.
Este ano temos quatro voos novamente para o Brasil. Temos dois para Maceió, um de Lisboa e outro do Porto, e temos um Lisboa-Salvador e um Porto-Natal.
E para além do Brasil?
Para além do Brasil, temos em charter o Lisboa-Sal e o Porto-Sal, e temos o Funchal com quatro voos, dois de Lisboa e dois do Porto, a 28 e a 29 de dezembro, para programas de quatro noites.
Depois temos a programação em voo regular. Temos muitos bloqueios com voos Emirates para o Dubai, Ras al-Khaimah nos Emirados, Maldivas, Tailândia e Maurícia, e com a Air Europa para a República Dominicana e para Cuba. Temos ainda lugares em garantia com a SATA para São Miguel.
A TAP já lançou o voo para o México. Vocês vão ter programação?
Já temos a programação no nosso site com os voos da TAP para o México. É uma programação que dá para fazer vários combinados, porque temos pacotes flexíveis, dá para gerir o número de noites consoante a frequência dos voos da TAP.
De alguma forma, é o retorno a programarem também Caribe no inverno?
Exatamente. Aliás, é muito curioso que com a quantidade de charters que existem no mercado para Cuba e que houve no mercado para Cuba este ano, é surpreendente o crescimento que a Solférias teve em Cuba com a programação em voos regulares da Air Europa.
É claro que não se compara com o volume do que é um charter, mas em termos de programação regular, nós crescemos imenso para Cuba, graças àquele cliente que quer fugir do turismo de massas, quer fugir das 7 noites ou das 14 noites do charter e quer fazer programação diferente em Cuba.
Relativamente ao verão de 2025, não vão continuar com o charter para Zanzibar?
Este ano, Zanzibar foi uma operação que não nos correu bem, porque efetivamente não contávamos que a concorrência à partida de Madrid fosse feita com preços muito baixos e de uma forma muito agressiva.
Só queria dizer que Zanzibar nunca foi um projeto da Solférias a mais de 2 anos, porque um destino de longo curso não tem mercado suficiente em Portugal para viver mais de 2 anos. Por isso, Zanzibar, correndo bem ou correndo mal, não seria um destino a continuar em 2025.