Procura por viagens internacionais vai manter-se forte apesar da conjuntura

Apesar do clima de incerteza económica, a procura por viagens internacionais vai manter-se forte, pelo menos durante os próximos meses. A conclusão é do estudo “Consumer travel spend priorities” da Outpayce, empresa da Amadeus.
De acordo com o estudo, os consumidores tendem, cada vez mais, a encarar o ato de viajar como uma prioridade nas suas vidas pelo que se espera que no próximo ano os gastos com viagens, principalmente internacionais, possam aumentar em cerca de 28%. De sublinhar que o número de pessoas que considera as viagens como uma “prioridade alta” para os próximos 12 meses cresceu 12% face ao ano passado, representando agora 47% dos inquiridos.
Durante o próximo ano, os viajantes esperam gastar muito mais em viagens internacionais, prevendo-se um gasto médio previsto um pouco acima dos 3.120 euros, mais cerca de 690€ (ou 28%) do que este ano.
Como é que os consumidores vão financiar as suas viagens? Segundo o estudo, 40% afirma que vai utilizar as suas poupanças; 33% diz que o fará à custa de cortes noutras áreas e 29% avança que fará horas extra no emprego.
Os inquiridos mostraram-se, no entanto, menos propensos do que no ano passado a utilizar os serviços Compre Agora, Pague Depois (BNPL) para financiar suas viagens: se o ano passado 75% dizia que ira utilizar este meio, este ano a percentagem caiu para 33%
Jean-Christophe Lacour, vice-presidente global de gestão e entrega de produtos Outpayce da Amadeus comentou “as pessoas estão claramente dispostas a gastar as poupanças que podem ter acumulado durante a pandemia, e a fazer sacrifícios em outras áreas, para dedicar mais recursos às viagens internacionais”.
O especialista afirma, no entanto, que não vão haver lugar a complacências e avança que “as empresas de viagens que marquem o preço dos seus produtos de forma clara e na moeda local do viajante e que ofereçam formas flexíveis de pagamento, oferecendo uma experiência de venda simples, têm mais possibilidades de converter potenciais compradores em verdadeiros clientes”.
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