Presidente da SATA defende privatização da Azores Airlines “o mais rapidamente possível”
Em entrevista ao jornal Açoriano Oriental [edição de domingo, 7 de agosto], o presidente do Grupo SATA, Luís Rodrigues, defendeu que a privatização da Azores Airlines deve acontecer “o mais rapidamente possível” para que a companhia possa crescer.
Na entrevista, Luís Rodrigues assinala que este ano as companhias do Grupo SATA estão a fazer um caminho bastante positivo, com as receitas a serem mesmo superiores às que estavam definidas no Plano de Restruturação de Bruxelas e os custos a estarem abaixo do que estava previsto no mesmo Plano. Há, no entanto, um ponto negativo que são os gastos com o combustível: “O que está a correr mal e ninguém conseguia antecipar é o custo do combustível que está drasticamente acima do que era expectável, o que pode levar a que a Comissão Europeia aceite uma revisão deste custo”.
Ao Açoriano Oriental, Luís Rodrigues frisou mesmo que “a maior receita e a poupança nos outros custos podem não compensar em 2022 o custo do combustível, de modo a permitir atingir o equilíbrio ou dar lucro”.
Sobre a Azores Airlines que, de acordo com o estipulado no Plano de Restruturação de Bruxelas, deve ser privatizada a 51%, Luís Rodrigues explica que, embora o prazo para que a privatização seja feita se estenda até 2025, a recomendação do Conselho de Administração é que ela seja realizada “o mais rapidamente possível”.
O presidente da SATA deixou claro na entrevista ao Açoriano Oriental que “o Conselho de Administração é 100% a favor da privatização” porque “enquanto a SATA/Azores Airlines se mantiver pública o acionista nunca vai conseguir capitalizar as oportunidades de crescimento” em áreas como a rede, a manutenção, a formação, os serviços partilhados e o handling, entre outras. Por outras palavras, enquanto não for privatizada “não vai conseguir crescer, vai definhar e o caminho é inevitável: a empresa vai ao chão”. Isto porque, explicou ainda, “uma companhia aérea com oito aviões a operar em mercado aberto ao tem como se sustentar a longo prazo”.