Presidente da AHRESP defende “medidas robustas, ágeis e céleres” para enfrentar “tempos críticos” que se avizinham

No Magazine de Notícias da AHRESP, o presidente da Associação, Carlos Moura, dá nota da apreensão das empresas face à incerteza do futuro próximo e afirma que a conjuntura com que a atividade é confrontada “exige medidas robustas, ágeis e céleres, para que se previnam males maiores”.
Na mensagem que escreveu para o Magazine de Notícias da AHRESP, o presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, Carlos Moura começa por se referir ao cenário de recuperação que o turismo está a viver nesta época alta que considera uma “boa notícia” já que, afirma, “depois de dois anos de pandemia, só o impulso de uma época alta, como é tradicionalmente o verão, para nos ajudar a respirar novamente e nos dar ânimo para enfrentar o que aí vem”.
No entanto, o presidente da AHRESP faz notar que a atual conjuntura mundial traz consigo inúmeros desafios que preocupam as empresas. “ (…) no terreno as empresas estão apreensivas com o futuro próximo e tentam preparar-se para um novo período, dominado pela incerteza, mas que se perspetiva seja de contenção”, afirma.
Para Carlos Moura, as perspetivas de curto prazo “não são as mais otimistas”, a começar pela subida das taxas de juro e da inflação que são já “uma realidade”. Acresce o fato de, na Europa, haver uma guerra que “não tem prazo de validade” e de o inverno ir ter como marca a “redução do consumo de gás”.
“Tudo isto está a fazer com que as empresas vejam os seus custos aumentar exponencialmente, reduzindo-se, por esta via, as suas margens, tão necessárias para o investimento e para a criação e manutenção dos postos trabalho que asseguram, que ainda são muitos milhares, apesar do grave problema estrutural da falta de trabalhadores”, afirma o presidente da AHRESP, que sublinha os “tempos críticos” que se vivem, tanto ao nível das empresas como dos consumidores afetados pela redução do poder de compra.
Esta é uma conjuntura que “exige medidas robustas, ágeis e céleres, para que se previnam males maiores”. Por isso, o presidente da AHRESP afirma que o setor está expectante quanto às medidas de apoio que o Governo prometeu anunciar em setembro. “Estamos expectantes quanto ao que irá ser anunciado, mas esperamos que se tenha aprendido com erros de um passado recente e que as medidas atendam aos enormes desafios que se anteveem”, afirma, avançando que “a AHRESP, como sempre, estará disponível para, com o Governo e demais entidades, encontrar as melhores soluções para um setor que é vital para o nosso país”.