Portugueses cada vez mais atentos ao impacto do clima no planeamento das suas viagens

Segundo o mais recente estudo da eDreams, 31% dos portugueses já alterou os seus planos de viagens devido a condições meteorológicas adversas e 75% mudaria o destino se este estivesse sujeito a fenómenos meteorológicos extremos. Daí que a valorização da flexibilidade das reservas.
O estudo da eDreams, agência de viagens online, revela que, com o aumento de fenómenos meteorológicos como vagas de calor, tempestades, incêndios florestais ou inundações, os portugueses estão cada vez mais atentos ao impacto do clima nas suas viagens.
Se o ponto mais positivo é que a grande maioria (69%) dos viajantes portugueses nunca foi afetada por eventos climáticos extremos durante as suas viagens, a verdade é que um em cada três (31%) já se viu obrigado a alterar os seus planos de férias devido a condições meteorológicas adversas.
Destes últimos, alguns conseguiram fazer alterações às férias sem custos adicionais, graças a políticas de reserva flexíveis (15%), mas 11% tiveram de pagar para mudar a viagem e 5% viu-se mesmo impedida de alterar os planos devido às condições inflexíveis da reserva. Esta situação, leva a agência de viagens online a afirmar que “a flexibilidade nas reservas deverá ser cada vez mais valorizada” permitindo aos viajantes enfrentar fenómenos que não podem controlar com mais segurança.
O estudo revela, ainda, que os mais jovens são os mais sensíveis ao impacto do clima nas viagens: metade dos inquiridos entre os 18-24 anos (50%) já alterou ou quis alterar planos de viagem devido ao clima, comparativamente a uma pequena minoria entre os maiores de 65 anos (9%).
Face aos fenómenos climáticos cada vez mais frequentes, 29% dos portugueses admite agora planear as viagens com mais cuidado em função das previsões meteorológicas, mesmo que isso signifique evitar as épocas altas, sendo que uma parte dos viajantes tem vindo a privilegiar as chamadas “épocas intermédias” para escapar ao calor extremo (26%), e outros dão agora mais importância a contar com seguros de viagem ou políticas de cancelamento flexíveis (17%).
Quando confrontados com a possibilidade de condições meteorológicas extremas no destino de férias, 75% dos portugueses admitem estar dispostos a mudar os seus planos de viagens. Destes, 40% admitiria pagar para reagendar a viagem; 35% só faria alterações se isso fosse gratuito ou incluído na reserva; e apenas uma minoria (8%) manteria os planos, mesmo se fossem esperadas condições climáticas adversas.
‘Coolcations’: Tendência global começa a chegar a Portugal
A crescente preocupação com as temperaturas extremas tem levado a um aumento da procura por destinos com clima mais ameno. Segundo dados da plataforma da eDreams, a procura dos portugueses para várias cidades europeias que são mais frescas no verão aumentou bastante, em comparação com 2024, o que se enquadra na atual tendência das ‘coolcations’.
Os destinos a norte juntam-se assim a destinos de praia, como Barcelona, Funchal, Palma de Maiorca ou Ibiza, os mais reservados pelos portugueses para este verão de 2025. Este fenómeno, que tem vindo a ganhar força noutros mercados, parece agora começar a ganhar alguma força entre os hábitos dos portugueses, reforçando a importância dada ao planeamento das férias tendo em conta não apenas o destino, mas também o conforto térmico.