Portugal precisa de melhor turismo e melhor negócio, afirma Filipe Silva

A importância do mercado interno, a qualidade do turismo, os recursos humanos e a formação, foram pontos abordados pelo administrador do Turismo de Portugal, Filipe Silva, ao intervir na apresentação da campanha de comunicação do Centro de Portugal.
Na apresentação da nova campanha de comunicação da Turismo Centro de Portugal, Filipe Silva, administrador do Turismo de Portugal realçou o facto de o mercado interno ter marcado a diferença durante os dois anos de pandemia: “Se há mercado que marcou a diferença, pela evidente importância do papel que desempenhou durante estes dois anos de sofrimento no nosso sector, foi o mercado interno” que, disse, “aprendeu a redescobrir Portugal e as suas diversas regiões”.
Neste sentido, considerou de grande importância que o mercado interno se mantenha como alvo de atenção e continue a ser trabalhado, nomeadamente em termos de comunicação. A este nível deu como exemplo o trabalho da ERT Centro de Portugal que foi “uma região muito visitada” nos últimos anos, que “teve capacidade para surpreender muitos dos portugueses que ao longo destes dois anos e meio percorreram os 100 municípios que constituem a região” e que continua a ter no mercado interno o seu alvo principal.
Considerando que “as empresas precisam urgentemente de ter negócio”, Filipe Silva reforçou a ideia de que Portugal precisa de ter melhor turismo. “Não é tanto uma questão de ter mais turismo e mais negócio mas de ter melhor turismo e melhor negócio”, afirmou, sublinhando que “ter mais negócio implica um trabalho de casa muito apurado e uma articulação entre parceiros públicos e privada, feita de forma muito consistente”.
Região Centro tem feito trabalho meritório
Também neste ponto, elogiou a Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal, por “todo o todo o trabalho que tem vindo a fazer ao longo de vários anos, quer em termos de intervenção no território, quer em termos de estruturação do produto e no apoio às empresas, envolvendo o setor empresarial nas soluções que quer para o próprio território”.
Recursos humanos e formação foram outros pontos focados pelo administrador do Turismo de Portugal que deixou uma nota sobre aquele que considerou ser “o principal desafio que estamos a viver nos dias de hoje”, concretamente a necessidade de “capacitação para receber bem os turistas que nos visitam, quer sejam do mercado interno quer sejam dos mercados internacionais”. Neste sentido, sublinhou que “temos que ter a capacidade e a arte para recuperar o volume de pessoas que saíram do setor do turismo” mas também “ter a capacidade de as formar para que possam prestar um bom serviço a quem nos visita”. Isto porque, afirmou, “o principal propósito do nosso setor é receber bem quem nos visita”.