Portugal em 12º no índice de Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial
Publicado na terça-feira, 21 de maio, o novo índice de desenvolvimento do setor das Viagens e Turismo do Fórum Económico Mundial (WEF), coloca Portugal na 12ª posição do ranking geral que engloba 119 países de todas as regiões do mundo.
Realizado em parceria com a Universidade de Surrey, do Reino Unido, o índice mede “o conjunto de fatores e políticas que permitem o desenvolvimento sustentável e resiliente do setor das Viagens e Turismo, o qual contribui para o desenvolvimento de um país”, segundo explica o relatório do Fórum Economico Mundial.
Constituído por 119 países, o ranking é liderado pelos Estados Unidos, Espanha e Japão, com Portugal a ocupar a 12ª posição com um total de 4,78 pontos, o que ainda assim o coloca bastante acima da média dos 119 países, que é de 3,96 pontos. De referir também que, apesar de ficar atrás de destinos concorrentes como Espanha ou Itália, Portugal fica à frente de outros destinos bem conhecidos do Sul da Europa, como é o caso da Grécia que se queda pelo 21º lugar (ver gráficos).
Estados Unidos, Espanha, Japão, França, Austrália, Alemanha, Reino Unido, China, Itália e Suíça, constituem o Top 10 do índice mas se percorrermos a lista até aos 30 primeiros verifica-se, como salienta o WEF, que 26 correspondem a economias de renda alta, 19 estão localizados na Europa, sete na Ásia-Pacífico, 3 na América e apenas 1, os Emirados Árabes Unidos, no Médio Oriente.
“Os resultados destacam que as economias de rendimento elevado continuam geralmente a ter condições mais favoráveis para o desenvolvimento das viagens e do turismo. Isto é ajudado por ambientes de negócios propícios, mercados de trabalho dinâmicos, políticas de viagens abertas, fortes infraestruturas de transporte e turismo e atrações naturais, culturais e não-lazer bem desenvolvidas”, conclui o Fórum Económico Mundial.
Ainda assim, sublinha o WEF, “as economias de rendimento baixo a médio-alto representam mais de 70% dos países que melhoraram as suas pontuações desde 2019”.
Apesar destes avanços, o índice alerta que é necessário um investimento significativo para colmatar lacunas nas condições favoráveis e na quota de mercado entre os países em desenvolvimento e os países de elevado rendimento. “Um caminho possível para ajudar a alcançar este objetivo seria aproveitar de forma sustentável os ativos naturais e culturais – que estão menos correlacionados com o nível de rendimento do país do que outros fatores – e pode oferecer às economias em desenvolvimento uma oportunidade para o desenvolvimento económico liderado pelo turismo”, lê-se no documento publicado esta quarta-feira.
O relatório aponta ainda “as chegadas de turistas internacionais e a contribuição do sector das viagens e turismo para o PIB global deverão regressar aos níveis pré-pandemia este ano”.