“Portugal é um mercado crítico para o nosso crescimento”, afirmou o CEO do Escritório Nacional do Turismo de Marrocos
O “Light Tour”, roadshow em que Marrocos está a dar a conhecer aos seus “mercados históricos” a sua nova campanha de marketing e a nova imagem do destino, esteve ontem em Lisboa com uma missão chefiada por Adel El Fakir, CEO do Escritório Nacional do Turismo de Marrocos e que integrou dirigentes turísticos e responsáveis dos principais destinos marroquinos.
Com a nova campanha, Marrocos quer tornar-se um dos 10 principais destinos turísticos do mundo e, neste sentido, sublinhou Adel El Fakir “Portugal é um mercado crítico para o nosso crescimento”. É, aliás, “um dos nossos principais mercados”, embora os números dos turistas e dormidas de portugueses no Reino de Marrocos estejam muito distantes dos de mercados como a França, Espanha: o primeiro foi responsável, em 2019, por mais de 4,2 milhões de turistas e Espanha superou os 2,5 milhões. Mas, para o responsável, isso também significa que o mercado português tem “muito para crescer” e é isso que se pretende alcançar com a nova campanha turística internacional “Marrocos Reino da Luz”.
Antes da pandemia, Marrocos estava a impor-se no panorama do turismo internacional, com o setor a representar 7% do PIB, 20% das exportações, mantendo, pelo quarto ano consecutivo, o primeiro lugar entre os destinos turísticos africanos. O ano de 2019 foi, aliás “o melhor ano turístico de sempre” para Marrocos, que recebeu cerca de 12,9 milhões de turistas, responsáveis por 25,2 milhões de dormidas no país.
O crescimento estava a ser uma realidade também no que toca ao mercado português que em 2019 enviou para Marrocos 119.738 turistas, um número que foi o dobro do registado em 2015, quando o número de turistas portugueses se quedou nos 60.736. “O número de turistas portugueses duplicou em quatro anos”, sublinhou Adel El Fakir que, sublinhando que “Portugal tem muito para crescer”, mostrou-se confiante em que o mercado português atinja “números muito superiores”. Mais à frente, já no final da apresentação da campanha, o responsável diria mesmo acreditar que “o turismo português para Marrocos possa duplicar os números atuais, não em quatro anos [como aconteceu entre 2015 e 2019] mas a cada dois anos”.
Capacidade aérea para Portugal supera 85% da oferta de 2019
Para este ano, e tendo em conta que só recentemente Marrocos reabriu as suas portas ao turismo, as perspetivas são positivas. Segundo foi revelado pelo diretor da delegação do turismo de Marrocos para Espanha e Portugal, Kalid Mimi, no que toca à capacidade aérea entre Portugal e Marrocos, é esperada uma recuperação acima dos 85% face aos números de 2019.
Os lugares são distribuídos por várias companhias aéreas, nomeadamente, Royal Air Maroc, TAP e Binter. A maior parte dos voos ligam as cidades de Lisboa e Porto aos destinos marroquinos de Tanger, Agadir, Marraquexe, Casablanca, Oudja, a que se somam duas novas ligações, uma do Porto para Fez e outra do Funchal para Marraquexe que começará no início de julho. Para já, esta é a oferta mas Kalid Mimi garantiu que “estamos a trabalhar arduamente para conseguirmos colocar mais voos e para abrirmos novas rotas para o mercado português” porque Marrocos” é muito atrativo para o mercado português” e “está apenas a duas horas de voo”.
O responsável adiantou ainda que as reservas de noites para o mercado português nos hotéis marroquinos superam já as 37 mil, o que significa “mais de 50% das reservas de 2019”.