Porto e Norte prepara-se para bater recorde de dormidas de 2019

A perspetiva do presidente da Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins e é baseada no aumento de 3,2% de dormidas até julho, comparativamente ao mesmo período de 2019. O responsável sublinhou também que o mercado americano ter ultrapassou o brasileiro em número de turistas.
Em entrevista à agência Lusa a propósito do balanço do verão turístico no Porto e Norte, Luís Pedro Martins considerou que 2022 vai ultrapassar os valores de 2019, apesar de ainda não ter os valores de agosto.
O presidente do Turismo do Porto e Norte sublinhou que, ao nível do número de hóspedes, a região registou um “crescimento de 12,8% até julho, em relação a 2019”, o que equivale a quase 660 mil hóspedes. Já no que toca às dormidas, o mês de julho foi “fantástico”, tendo registado um aumento de 14,9% face a 2019.
Nos primeiros sete meses do ano, a TPNP registou “3,213 milhões de hóspedes”, ficando em linha com 2019, enquanto as dormidas, que ascenderam a 6,1 milhões, cresceram 3,2% em relação ao período homólogo de 2019.
Luís Pedro Martins sublinhou também que, pela primeira vez, o mercado americano ascendeu ao terceiro lugar do ranking dos mercados estrangeiros na região.
“O mercado norte-americano conseguiu atingir uma posição nunca alcançada no Porto e Norte. É o terceiro mercado da região. Trocou com o Brasil”, avançou à Lusa, pormenorizando que em primeiro lugar está o mercado espanhol, em segundo o francês, e em terceiro lugar está agora o mercado norte-americano, remetendo o brasileiro para quinto lugar, com o mercado alemão em quarto.
Luís Pedro Martins justificou esta alteração de posicionamento dos mercados com a conectividade aérea através da United Airlines. “Tudo aquilo que temos de esforço da United Airlines para trazer estes turistas para o Porto e Norte não temos tido por parte de quem nos servia o Brasil, e aqui a questão da TAP, é de facto muito notória nessa descida no mercado brasileiro”, disse.
Já a descida do mercado brasileiro deve-se, afirmou, “à falta de conectividade (…) Temos agora menos voos do que os que tínhamos no mercado brasileiro, estamos em perda”.
O responsável aproveitou para lembrar que existem “perigos muito iminentes” para o turismo da região: “Temos a questão da guerra, por todas as razões, mas também porque nos prejudica diretamente alguns mercados. O mercado polaco, o da república Checa, o alemão, porque está próximo do conflito e é um mercado muito importante para o Porto e Norte”.
Acresce um problema que é transversal a todas as regiões turísticas do país: a falta de recursos humanos qualificados que pode repercutir-se no serviço prestado, levando a um baixo grau de satisfação junto dos turistas.