Peso do turismo na economia atinge máximos históricos com setor a gerar quase metade do crescimento do PIB em 2023
Dados provisórios da Conta Satélite do Turismo divulgados esta quinta-feira pelo INE, dão conta de que a atividade turística terá gerado, em 2023, um contributo direto e indireto de 33,8 mil milhões de euros para o PIB, o que corresponde a 12,7%. O setor terá contribuído com 1,1 pp para o crescimento real do PIB que no ano passado se cifrou em 2,3%.
Dados ainda provisórios da Conta Satélite do Turismo relativa ao ano de 2023, divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, mostram que o Valor Acrescentado Bruto gerado pelo Turismo (VABGT) e o Consumo do Turismo no Território Económico (CTTE) registaram, em 2023, aumentos nominais de 16,0% e 15,5%, respetivamente.
Estes valores revelam, sublinha o INE, “um dinamismo superior ao da economia nacional (o VAB e o PIB nacionais cresceram 10,1% e 9,6%, respetivamente)” e consolidam “a recuperação do turismo no período pós-pandemia, após se terem observado aumentos muito intensos do VABGT e do CTTE [Consumo de Turismo no Território Económico] em 2022 (69,6% e 78,1%, respetivamente)”.
Ambos os indicadores estão em máximos históricos, sendo que, em 2023, o VABGT totalizou 21.051 milhões de euros, representando 9,1% do VAB nacional (8,6% em 2022), voltando a registar um novo peso relativo máximo desde 2000, ano mais recuado para o qual se dispõe de informação da Conta Satélite do Turismo.
Já o CTTE cifrou-se em 43.683 milhões de euros e “aumentou o peso relativo no PIB para 16,5%” ultrapassando igualmente os registos verificados em anos anteriores (15,6% em 2022).
Com base nos dados provisórios da Conta Satélite do Turismo, as estimativas apontam para que, em 2023, o consumo turístico tenha tido um contributo total (direto e indireto) de 12,7% (33,8 mil milhões de euros) para o PIB [Produto Interno Bruto] e de 12,4% (28,7 mil milhões de euros) para o VAB [Valor Acrescentado Bruto] da economia nacional.
No ano em análise, o PIB do Turismo aumentou 15,2% em termos nominais face a 2022 e 33,1% face ao período pré-pandemia (2019). Ainda assim, o INE faz notar que houve “um forte efeito preço neste período, pelo que, em volume, o PIB do Turismo deverá ter-se situado 13,5% acima dos valores de 2019].
Em termos reais, o PIB aumentou 2,3% em 2023, prolongando o ciclo de crescimento iniciado dois anos antes (5,7% em 2021 e 6,8% em 2022), com o gabinete de estística a sublinhar que “o turismo foi determinante para esta expansão, contribuindo com quase metade (1,1 p.p.) para o crescimento real do PIB em 2023 (2,3%)”.
O INE sublinha que os números relativos à contribuição da actividade turística para a economia nacional em 2023, mostram que o setor já recuperou da pandemia, quando houve uma quebra significativa no turismo.
“O CTTE [Consumo de Turismo no Território Económico] e o VABGT [Valor Acrescentado Bruto Gerado pelo Turismo] registaram já em 2022 valores superiores aos de anos anteriores, que foram novamente superados em 2023, correspondendo a máximos históricos”, refere ainda o INE.