Para visitar o Peru, Madrid é a melhor porta de partida

À margem da “Travel Talk” sobre o Peru, uma iniciativa da B Travel Xperience que decorreu no final da semana, em Lisboa, o embaixador daquele país em Portugal, Carlos Gil de Montes, falou com os jornalistas para dar conta da recuperação turística daquele destino.
Em conversa com os jornalistas, o embaixador do Peru falou dos objetivos a atingir no mercado português, referindo que “teremos de regressar aos tempos antes da pandemia, números que estavam em crescendo tendo atingido, em 2019, aproximadamente 10 mil viajantes”, um valor aproximado ao dos peruanos que viajaram a Portugal naquele ano. Sobre as preferências dos turistas portugueses, e tendo ainda como referência o ano de 2019, adiantou que “visitaram essencialmente a zona de Cuzco devido aos vestígios arqueológicos e Machu Picchu”. “Estes números desapareceram no período da pandemia e esperamos que seja possível normalizar em breve, se bem que paulatinamente”, acrescentou.
Carlos Gil de Montes sublinhou que “o Peru foi um país muito afetado com a queda do turismo durante a pandemia, estamos a recuperar graças ao turismo interno e a reiniciar a recuperação dos mercados internacionais”.
“Quanto ao turismo português queremos voltar a oferecer o Peru como um destino turístico muito atrativo e com alternativas a visitar, e até Julho já recebemos cerca de mil turistas portugueses”, precisou. A estratégia de atração do mercado português passa por apresentar o Peru como “um país que oferece muitas alternativas”, as quais passam, por exemplo, “pela cultura, pela sua diversidade ambiental e também pela gastronomia que tem ganho relevância na nossa oferta turística em termos internacionais”. Tanto assim que, destacou, “o Peru tem alguns dos melhores restaurantes do mundo, três estão entre os 50 melhores, um dos quais está em segundo lugar nas estrelas Michelin”.
O embaixador do Peru em Portugal referiu também que, se há alguns anos a capital do país, Lima, era uma cidade de trânsito para os turistas que queriam chegar a Cuzco ou à selva, já “hoje em dia há muitos turistas que querem permanecer alguns dias em Lima para conhecer a cidade e também a gastronomia e os restaurantes que já trazem referenciados”.


Uma das mais valias do destino está, segundo disse, na segurança mas também no seu povo. “O Peru não tem nenhum problema de segurança, temos casos isolados como os acontece noutros destinos, para além disso somos um povo afetuoso com o turista, somos muito recetivos e as pessoas entendem que o turismo tem um efeito multiplicador das receitas para o seu país”.
Carlos Gil de Montes lamentou, no entanto, o facto de não existirem voos diretos entre o Peru e Portugal, o que facilitaria, em muito, a dinamização dos fluxos turísticos entre os dois países: “lamentavelmente, não temos voos diretos, o que seria o ideal, ofereceria um ‘plus’ ao turismo português que procura a América do Sul”. Assim sendo explicou que a melhor opção e a mais acessível e rápida para o mercado português em termos de voos é viajar via aeroporto de Madrid. Outra das opções é voar via o Brasil, com o Peru a funcionar como complemento de viajem para que está a visitar o Brasil.
Para promover o destino em Portugal, o Peru esteve este ano na Bolsa de Turismo de Lisboa, onde irá também arcar presença em 2023, segundo garantiu o embaixador. Ainda assim, é necessário fazer mais, reconheceu: “estamos conscientes de que temos de fazer um trabalho para divulgar o Peru como destino turístico para os portugueses”.
“O Peru é um destino que tem opções para todos, para o turismo organizado por agências de viagens e operadores turísticos, mas também se ajusta muito bem a quem quer partir à aventura”, garantiu o embaixador do país em Portugal, destacando ainda que “somos um país para todos as bolsas”.