Para aproximar o turismo das pessoas: Presidente da AHP propõe “selo” indicativo de investimentos apoiados pela taxa turística
Na cerimónia de tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação da Hotelaria de Portugal, esta quarta-feira, Bernardo Trindade propôs a criação de um “selo” para equipamentos e infraestruturas financiadas pelas verbas da taxa turística para que as pessoas se apercebam da importância do turismo.
Aproveitando a presença do secretário de Estado do Turismo em exercício, Pedro Machado, o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal sublinhou o facto de 2024 ter sido “novamente, o melhor ano turístico de sempre”, demonstrando que “independentemente da instabilidade política que possa aparentemente existir, o turismo é resiliente”.
Esta “deixa” foi aproveitada por Bernardo Trindade para relembrar que o setor continua a ser alvo de críticas e ataques por parte das populações, pelo que frisou a necessidade de aproximar o turismo dos residentes.
“(…) lá fora ainda existe muito preconceito, muita desinformação, muito ataque ao nosso setor do turismo”. Por isso, afirmou, “os próximos anos, têm de ser anos em que a gente tem de facto que se aproximar do sentir dos residentes, das pessoas (…) sobretudo, perceber que se as pessoas não estão bem, em resultado da presença de mais gente que carrega sobre a infraestrutura, nós temos de ser sensíveis a isso”
A este nível, o presidente da AHP considerou que a taxa turística “é, indiscutivelmente, uma marca que pode ser aproveitada para reduzir este ‘gap’ entre residentes e turistas”. Para isso, sugeriu que cada investimento num evento, num museu, etc. “tem de ter lá um selo a dizer que “este investimento foi financiado pela taxa turística para que seja percetível a importância” que o turismo tem.
Barnardo Trindade deixou ainda claro que este debate, em torno do relacionamento entre a actividade turística e as populações é algo que tem que continuar, a fim de travar a desinformação que existe.


