Para Adriano Portugal, Cayo Santa Maria é “um produto a ter em conta porque é preciso começar a preparar já o próximo ano”

Para Adriano Portugal, diretor-geral da rede Mercado das Viagens, Cayo Santa María, destino cubano que o operador turístico Jolidey, do Grupo Ávoris, lançou este ano no mercado português, “foi uma agradável surpresa”. Em conversa com o Turisver, considerou que o charter para este destino resulta numa mais valia que “permite olhar para o futuro de uma forma diferente”.
Adriano, este é o terceiro ano em que a Jolidey convida um grupo, as principais empresas da distribuição, para uma famtrip a um destino nas Caraíbas. Fizemos a Dominicana, o México, e agora o Cayo de Santa Maria em Cuba. Cuba fica a perder ou bate-se perfeitamente com os outros dois destinos ao nível da qualidade que oferece, das suas praias, e de tudo o que nós vimos?
Apesar de ser Caraíbas, eu penso que cada destino tem a sua particularidade, sendo que eu tenho um grande carinho por Cuba não só porque se consegue conciliar um pouco de cultura com as praias, que são sempre apetecíveis para o mercado português, e agora tivemos uma experiência nas montanhas, e isso é uma mais-valia que nós podemos acrescentar ao produto.
Este voo que nós fizemos, vai para o aeroporto de Santa Clara, e depois, esmagadora maioria dos turistas ruma ao Cayo Santa Maria. Não conhecia o Cayo Santa María?
Não, conhecia Cayo Coco, Cayo Largo, mas Cayo Santa María não conhecia e foi uma agradável surpresa, havendo aqui dois hotéis que penso que são uma alma para o próprio destino em si, que são o One Gallery e o Sirenis.
E as praias? O que se pode dizer das praias?
Na minha opinião, entre estes três destinos, Cuba é aquele que reúne as melhores praias, na minha opinião: tem um mar muito mais bonito, um areal também muito interessante na maior parte das praias, e isso é o que o cliente português procura.
Depois, o grupo rumou a Trinidad, onde ficou três dias em Trinidad. Sei que já conhecia Trinidad, mas como é que encontrou a cidade?
É uma cidade que continua a ter o seu próprio encanto. A única coisa que me preocupa é não haver uma maior intervenção por parte de quem gere a parte cultural de Trinidad. E não me vou alongar mais.
Trinidad veio oferecer-nos uma novidade, estava consignada a uma hotelaria no centro da cidade, composta por hotéis pequenos e clássicos, mas nós ficámos num novo resort na praia, que abriu há poucos meses, e que fica a 14 quilómetros. O que é que achou do Meliá de Trinidad?
Muito bom.É um hotel recente, que foi inaugurado há sete meses. Tem uma quantidade de piscinas que acabam por colmatar as praias que não são tão apelativas nesta área, mas sendo um hotel moderno, com linhas muito cleans, acaba por ser bastante agradável.
Não estamos muito distantes da cidade. Trinidad, em si, tem dois hotéis, o Iberostar, que está agora em remodelação e ampliação, e o Mystic Trinidad Royalton, que também visitámos e acabou por ser uma agradável surpresa, porque sendo um pequeno boutique hotel de estilo colonial, está muito cuidado.
Esquecendo um pouco que Havana é um ex-líder de Cuba em termos culturais, este combinado que a Jolidey propõe, entre Cayo Santa María e Trinidad,vale a pena em termos de produto?
O mercado português, quando vem para estes destinos, procura normalmente as praias. Com pena de não podermos realmente fazer aqui uma divisão de dois locais, porque cada um tem o seu próprio encanto, cada um tem a sua própria mais-valia. Havana é o que conhecemos mas Trinidad tem também o seu encanto.
Compreendo que o cliente português, normalmente, passa uma semana no destino e é semana de praia. A tendência é sempre essa, e digo isto com pena porque Cuba tem um encanto muito próprio e tem uma diversidade de produto para oferecer ao cliente tremenda, mas para usufruir disso não chegariam 15 dias.
As críticas que se ouvem de Cuba, nomeadamente falta de produtos nos pequenos almoços ou nos almoços, têm razão de ser?
Nós estamos a falar de Cayo Santa Maria, portanto, não estou a ver a realidade noutros destinos. Estive em Cuba há 7 anos e passamos por Havana, agora não fomos a Havana, por isso não posso falar da atualidade, nem sequer do circuito em si, mas no que se refere a Cayo Santa María e Trinidad, o que eu posso dizer é que não haverá uma grande variedade de produtos, mas nem de perto nem de longe há falta de comida. Pelo contrário, continua a comer-se muito bem, não com a diversidade que nós gostaríamos, provavelmente, mas isto não é uma República Dominicana, portanto, nós temos que atender ao destino em que estamos.
“Cuba está a reaparecer, estamos em crescimento de vendas para este destino e tem uma margem de progressão muito interessante”
Falando agora do Mercado das Viagens: este ano venderam mais Cuba do que em anos anteriores?
O programa de eleição continua a ser a República Dominicana, esse será o programa preferido da rede que nós representamos. Não quer dizer, com isso, que não se possa investir mais noutros destinos, mas isso também cabe aos operadores, ao próprio país em si, promover outros destinos, como é o caso de Cuba, porque será uma mais-valia para o produto que nós vendemos.
Cuba está a reaparecer, estamos em crescimento de vendas para este destino e tem uma margem de progressão muito interessante.
É preciso notar que este charter para Cayo de Santa María, e aí muito devemos ao Grupo Ávoris neste caso à Jolidey, que nos tem presenteado com destinos que nos trazem mais valias, acaba por ser algo que nos permite olhar para o futuro de uma forma diferente.
Como é que vai dar o feedback desta viagem às agências da rede Mercado das Viagens?
Acima de tudo, aquilo que vou transmitir é que se trata de um produto a ter em conta porque é preciso começar a preparar já o próximo ano para que também os próprios balcões estejam devidamente preparados com a informação necessária para efetuar a venda.
Eu continuo a dizer que não devemos “impingir” destinos aos clientes, devemos sim é dar uma informação precisa sobre os destinos. Por isso é que estamos aqui no Cayo Santa Maria e é por isso que é muito gratificante ver que os operadores continuam a convidar para este tipo de famtrips que nos fazem posicionar de uma forma diferente no futuro em termos das vendas.
O Turisver viajou para Cayo Santa María a convite do Grupo Ávoris