Os “restinhos” da programação da Sonhando para o que resta do ano

Em conversa com o Turisver, José Manuel Antunes, diretor-geral do operador turístico Sonhando, deu conta do produto que já está no mercado para venda até ao final do ano e falou, também, das operações especiais de fim de ano, concretamente para o Brasil, a Madeira e São Tomé e Príncipe.
Vamos falar do restinho da programação até ao final do ano e neste restinho está o voo especial que, uma vez mais, a Sonhando faz para acompanhar o Benfica, desta vez até Israel.
Esta é mais uma aventura em que nós entrámos, que tem um pouco a ver com a minha ligação ao Benfica, que todos conhecem. O facto de ter muitos amigos benfiquistas, que logo à partida são potenciais clientes, levou-nos a programar mais uma vez um voo especial para levar os adeptos a apoiar a equipa nesta fase da Champions.
Montámos, desta vez, um programa um pouco diferente, em que oferecemos algo mais do que é habitual e tratando-se de Israel, que é um destino muito especial, preparámos uma viagem de três dias que junta a componente turística e de conhecimento do país à capacidade de ver o último jogo do grupo, que vai ser decisivo para a classificação do Benfica.
Claro que esta operação é um risco até porque já temos pagas as camas em Israel há quase um mês, mas é uma operação em que acredito. Acho que os benfiquistas vão aderir a esta simbiose de juntar o assistir a um jogo importante e fundamental para a carreira desportiva do clube com o conhecimento histórico de um país onde nem sempre se vai com facilidade e que a maior parte dos portugueses não conhece mas que é sempre muito atraente e é o berço de muitas religiões, uma das quais aquela que é dominante em Portugal.
Para os agentes de viagens, a remuneração deste programa tem um valor fixo?
Neste tipo e viagens acontece isso. Fazemos isso com os voos para Timor, também já o fizemos quando organizámos a viagem a Liverpool, também para acompanhar o Benfica, e fazemos agora. Há uma remuneração fixa e não percentual para os agentes de viagens porque trata-se de um programa especial e também para não encarecer muito o produto para que seja mais facilmente vendável. Isso é bom para nós, porque vendemos mais lugares mas para os agentes de viagens também porque lhes possibilita vender mais programas numa época baixa e, sobretudo, é bom para os próprios clientes que acabam por pagar uma verba ligeiramente inferior.
Alterada a data do voo para Timor a pedido do Presidente da República de Timor-Leste
Outra das componentes do restinho são os dois voos de Timor que ainda vão realizar este ano.
Sim, vamos fazer sete este ano e já fizemos cinco. Temos um agora em outubro, com ida no dia 24 e regresso a 27. Alterámos a data porque o Senhor Presidente da República de Timor Leste fez questão de vir no nosso voo e pediu-nos para alterarmos as datas para que ele possa vir, o que é uma honra para nós. Já transportámos o Senhor Presidente da República Portuguesa, ida e volta, para ir às comemorações do 20º aniversário da independência de Timor-Leste e para ir à tomada de posse do Senhor Presidente de Timor e agora temos muito prazer em trazer o Senhor Presidente de Timor.
Já transportámos nos nossos voos diversas personalidades, como o primeiro Cardeal timorense na última viagem, o presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal… há uma série de figuras públicas que têm utilizado o nosso voo, pela sua comodidade por se tratar de um voo direto. O nosso voo faz com que as pessoas cheguem a Timor em 23 horas, o que pode parecer muito mas se não for no nosso voo, demoram três dias a chegar lá, o que é uma grande diferença.
Uma das perguntas que as pessoas poderão colocar, porque um voo de 23 horas, obviamente, tem escalas, é se nessas escalas se sai ou não do avião?
Não, não sai. O voo tem apenas uma escala no Dubai, é uma escala comprida por causa dos horários do aeroporto de Díli que não tem iluminação na pista, o que nos obriga a chagar com luz do dia, e como o aeroporto de Lisboa nos obriga a sair antes da meia-noite, cria-se uma incompatibilidade de horários que faz com que tenhamos que sair mais cedo, compensando depois com o tempo de paragem no Dubai.
Relativamente ao fim do ano, a vossa programação centra-se basicamente em três destinos principais?
Centra-se no Brasil, na Madeira e em São Tomé.
Para o Brasil temos voos de Lisboa e do Porto para Salvador e Maceió e ainda temos lugares para venda, portanto o mercado pode pedir-nos. Aliás, a versão do avião mudou, o que faz com que tenhamos mais lugares disponíveis até mesmo em executiva e em primeira classe.
A operação é feita com duas companhias aéreas, dois voos são com a Hifly e um voo é com a euroAtlantic airways, concretamente o de Maceió à partida de Lisboa.
Para a Madeira temos quatro voos charter, dois de Lisboa e dois do Porto. Está a vender-se muito bem, temos uma grande capacidade hoteleira, quartos pré-comprados. É uma operação que nunca deixámos de fazer, nem mesmo no ano mais grave da pandemia, 2020. O mercado conhece esta operação e sempre tem correspondido.
Infelizmente, vamos interromper este ano a operação para o Porto Santo porque não conseguimos avião. Tanto nós como os nossos parceiros, a Solférias, tentámos arranjar um avião para fazer este charter mas não conseguimos – parece caricato mas é a realidade.
Para São Tomé, têm um programa que chega lá no dia 31 de dezembro, meia dúzia de horas antes da passagem de ano…
É mais do que meia dúzia, chega ao princípio da manhã de dia 31 porque o voo de Lisboa para lá é feito durante a noite. De facto, pensámos o que devíamos fazer sobre isto, se devíamos alterar toda a programação mas era complicado, aliás acontece exatamente o mesmo na semana antes, que é a da Consoada – o avião também chega no dia 24 de manhã, o que para os santomenses que vão passar o Natal também não é a coisa mais simpática, mas estamos a falar de um voo regular e não de um especial. Foi para não alterar o ritual de fazer o voo à sexta feira, como sempre fizemos.
Para a passagem de ano, propriamente dita, e com programação fixa de fim de ano perfeitamente estruturada, são estes oitos voos que temos, o que para a dimensão da Sonhando já é algo significativo.