Os hotéis do Caribe “estão preparados e equipados” para defender as praias do sargaço, afirmou Jorge Diaz Jubera
O roadshow que o Grupo Ávoris está a realizar com os hotéis Inclusive Collection [antiga AMR Collection] marca da World of Hyatt, esteve esta terça feira em Lisboa. O Turisver falou com Jorge Diaz Jubera, responsável de vendas para Portugal e Espanha da World of Hyatt Inclusive Collection, que apresentou aos agentes de viagens os hotéis mais indicados para o mercado português.
Ainda há muitos agentes de viagens em Portugal um pouco confusos com o facto de a Hyatt ser a marca “umbrela” da AM Resorts. É um negócio de exploração ou estamos a falar de uma compra efetiva?
Na verdade foi uma compra, a cadeia Hyatt adquiriu o que era antes uma cadeia hoteleira “independente” que era a AMR Collection, antes AM Resorts. O que a Hyatt fez foi adquirir uma rede de hotéis de férias de luxo, com uma qualidade de serviço que estava muito em linha com a qualidade do próprio Grupo Hyatt, para preencher uma lacuna do grupo ao nível deste segmento já que o Grupo não tinha hotelaria de resort. Assim, a Hyatt Inclusive Collection passou a ser a linha de hotéis de férias do Grupo Hyatt.
Neste roadshow apresentou aos agentes de viagens portugueses uma mono folha com uma seleção de hotéis que eles podem marcar nas Caraíbas. Porque é que salientou estes resorts?
A seleção de hotéis que indicamos é aquela que nós entendemos ser mais adequada ao cliente português e é muito baseada na nossa experiência, naquilo que temos observado que melhor se adapta ao cliente ibérico porque na hora de escolher um hotel nas Caraíbas, os clientes portugueses e espanhóis são muito semelhantes.
Trata-se de hotéis que pela sua praia, pelo ambiente e pelos serviços que oferecem, pela localização e muitas vezes também pelo tipo de gastronomia, agradam mais aos clientes ibéricos. Em linha de conta entram também muitas vezes fatores como se o hotel está recém-renovado ou se abriu as portas recentemente e tem um preço agressivo para se posicionar no mercado.
Foi juntando todos estes critérios que fizemos uma seleção daqueles que acreditamos serem os que melhor se adaptam ao mercado ibérico.
Os vossos hotéis no Caribe, agora com a marca Hyatt, ganharam muito mercado nos Estados Unidos. Reparei o ano passado, na República Dominicana, que distinguem os vossos hotéis entre latino-americanos e afro-americanos.
Isso também surge na linha do que disse antes. Há marcas que se encaixam muito melhor com o mercado norte-americano e outras a que o público ibérico adere mais. Temos, no entanto, uma vantagem que acaba por facilitar o nosso trabalho porque a nossa temporada alta, que é o verão, coincide com a época baixa para o mercado nos Estados Unidos, o que possibilita que nos convertamos ao mercado europeu em geral durante o nosso verão. Isso também nos permite ter um maior poder de negociação ao nível das tarifas o que faz com que sejamos competitivos durante o verão.
Existem zonas quase totalmente livres de sargaço no Caribe
O sargaço está a ser um pouco problemático, já saíram notícias na comunicação social que indicam que este será o pior ano de sempre do sargaço nas Caraíbas. Os vossos hotéis, mesmo o que estão em praias que são mais atingidas, estão preparados para evitar esse problema?
No primeiro ano em que o sargaço foi mais agressivo, os hotéis não estavam preparados mas hoje a grande maioria dos hotéis no destino estão equipados com redes de detenção, além de que há funcionários nos hotéis que recolhem o sargaço da areia. Ainda assim, nos momentos pontuais de maior chegada de sargaço nem as redes nem a apanha conseguem fazer com que o cliente, quando se mete na água, não tenha sargaço flutuando.
Por isso, nas nossas apresentações damos sempre alternativas aos agentes de viagens, ou seja, informamos sempre quais são as zonas onde pontualmente não há sargaço ou há menos.
Têm uma ideia de quantos portugueses terão ficado nos vossos hotéis das Caraíbas o ano passado?
O número é complicado de calcular mas em termos do mercado ibérico tivemos uma faturação superior a 20 milhões de dólares, com o mercado português a representar aproximadamente 30%. Isso significa que estamos a ter uma maior penetração no mercado português que está a converter-se num mercado muito importante para nós.
Como é que tem corrido este roadshow?
Ainda estamos em pleno tour, a semana passada estivemos na zona norte e tivemos uma grande adesão por parte dos agentes de viagens. Em Lisboa tivemos quase 100 pessoas, o que nos satisfaz muito mas devo dizer que sempre tivemos uma boa recetividade em Portugal.