Orçamento dos portugueses para férias de verão ultrapassa os 1.540€
Com Portugal a continuar a ser o destino de eleição, mas já com a procura por destinos estrangeiros a aumentar, o orçamento dos portugueses para as férias de verão sobe 15% face ao ano passado, para 1.543 euros, segundo o Barómetro da Europ Assistance.
De acordo com os resultados do 21.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS, 79% dos portugueses tem planos para viajar durante os meses de verão, o que significa uma subida de 17 pontos percentuais face ao ano anterior.
O destino preferido continua a ser Portugal, que até cresce oito pontos face ao ano passado mas a procura por destinos aumentou ainda mais, 13 pontos percentuais, ao todo, com os principais destinos a serem Espanha (24%), França (13%) e Itália (9%). Já Portugal é o destino de preferência dos espanhóis e dos franceses.
Outra tendência que se mantém é a preferência por locais perto do mar, sendo estes os preferidos de 58% dos portugueses inquiridos.
De acordo com os resultados do Barómetro, os tipos e alojamento mais escolhidos pelos portugueses, são o hotel (41%) e a casa para arrendar (30%), enquanto no que toca ao meio de transporte a escolha reside no automóvel (51%). No entanto, a opção pelo avião (41%) como meio de transporte aumentou cerca de 7 pontos em relação a 2021, o que não é de estranhar, dado o aumento do interesse pelos destinos internacionais.
No que toca às reservas, a maioria ainda não o faz com a devida antecedência, já que apenas 34% dos portugueses já reservou as suas férias de verão ou, pelo menos, parte delas. E são também os portugueses quem se mostra mais exigente em relação às condições de segurança necessárias para viajar este verão.
“A higienização dos meios de transporte (45%) e o acesso a informação detalhada sobre a situação epidemiológica e as medidas de saúde pública aplicadas no destino de férias escolhido (33%) são algumas das condições mais valorizadas pelos portugueses para decidirem o local de férias deste verão”, sinaliza o estudo, sublinhando, ainda que “os portugueses (71%) são dos mais preocupados com a situação económica”.
O Barómetro de Férias de verão aponta também que os europeus (54%) continuam a manifestar preocupação em relação à saúde dos seus familiares e amigos no momento de viajar, nomeadamente os viajantes espanhóis (75%) e portugueses (73%).
Covid preocupa menos do que a situação económica
Em termos globais e após dois anos de restrições, voltar a poder viajar é motivo de grande entusiasmo, não obstante as preocupações relativas à inflação e à guerra na Ucrânia e, se o nível global de preocupação com a Covid-19 diminuiu face a 2021, a preocupação com a situação económica permanece quase inalterada, destacando-se as restrições orçamentais como uma das principais razões para os cidadãos não viajarem em 2022: 41% dos europeus inquiridos apontam essa causa para não viajarem (um aumento de 14 pontos percentuais).
Na Europa, o impacto da inflação e o aumento dos preços são o principal motivo para os cidadãos se sentirem mais retraídos quando pensam em viajar: 85% em Portugal, 79% na Polónia, 77% em Espanha e 74% na Itália.
Seguros de viagem
Entre os europeus, os britânicos, os espanhóis e os portugueses são os mais dispostos a pagar por novos benefícios de assistência no seguro de viagem, nomeadamente: alertas de segurança em tempo real (69%); coberturas para riscos relacionados com a Covid-19 (65%); acesso a informação sobre possíveis atrasos nos voos (64%); aplicação móvel que disponibilize informação sobre as políticas do seguro (59%) e serviços de telemedicina (58%). Ainda assim, 43% dos portugueses afirma analisar, em primeiro lugar, o preço dos seguros de viagem quando pondera contratar este tipo de serviço.