Operadores e autarcas analisaram turismo religioso em Braga
Analisar o impacto da Covid-19 nos Caminhos de Santiago e noutras rotas religiosas e de turismo religioso, foi um dos objetivos do encontro que reuniu parceiros do Eixo Atlântico da Grécia, República Checa e Hungria, além da Galiza, e Portugal.
O debate realizou-se no âmbito do projeto EPICAH, financiado pelo Interreg Europe, que visa a promover a melhoria das políticas e instrumentos de cooperação transfronteiriça como ferramentas de desenvolvimento e proteção do património cultural e natural. Por isso, em cima da mesa, além das consequências da Covid, estiveram também os desafios, as estratégias e a cooperação entre as várias administrações locais, regionais e internacionais, para poder conhecer as melhores práticas e replicá-las em outros países.
Em Braga, os parceiros foram recebidos no Bom Jesus, por António Barroso, da Câmara de Braga e Marco Sousa, da Turismo Porto e Norte de Portugal, entre outros. Na reunião foi analisada a cooperação entre as administrações regionais e locais com a Igreja e as associações locais de peregrinos, o processo de certificação do Caminho Português, os investimentos nos Caminhos que atravessam Braga (Central, Minhoto Ribeiro e Torres), as consequências da Covid-19, as medidas adotadas e o turismo religioso em geral.
“O turismo é um sector que tem sido duramente atingido pela covid-19. É um sector motor da economia que precisa de ser relançado através de fundos europeus. Neste contexto, os programas de apoio têm que ser um instrumento essencial para promover o desenvolvimento económico, social e territorial harmonioso entre Espanha e Portugal, e em particular o território fronteiriço que ambos partilhamos. Iniciativas como esta são importantes pela partilha de experiências e medidas adotadas, mas também como espaço de promoção junto dos agentes e responsáveis de outros países europeus e em particular de destinos onde importa reforçar a atratividade e captação de turistas” afirmou António Barroso.
Segundo o responsável, o turismo “aproxima os nossos territórios através das fronteiras e é necessário construir uma marca comum que sustente uma forte oferta turística no território fronteiriço. É tempo de dar uma narrativa à multiplicidade de recursos patrimoniais e culturais existentes no território, para que rotas e produtos possam ser criados e promovidos conjuntamente. Este é um trabalho que vimos desenvolvendo no Eixo Atlântico sob o mote: ‘Dois países, um destino’”, sublinhou.