OMT pede mais apoio para micro e pequenas empresas do turismo

Garantindo que as micro e pequenas empresas são a “espinha dorsal” do turismo, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo pediu, em Bali, na reunião de ministros de Turismo do G20, mais apoios para estas empresas.
Na apresentação das Diretrizes do G20 sobre o fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas, que decorreu em Bali, na Indonésia, Zurab Pololikashvili afirmou que as micro e pequenas empresas do turismo precisam de um apoio “forte” para serem “agentes de uma transformação centrada nas pessoas.
As diretrizes apresentadas proporcionam orientação para a formulação de politicas que impulsionem a criação de micro, pequenas e médias empresas e de comunidades resilientes e sustentáveis, a partir de cinco pilares chave: capital humano; inovação, digitalização e economia criativa; empoderamento das mulheres e dos jovens; ação climática e conservação da biodiversidade e da circularidade; e política, governança e investimento.
Intervindo na reunião dos ministros do Turismo do G20, o secretário-geral da OMT, afirmou que “o nosso setor já atingiu quase 60% dos níveis pré-pandemia. No entanto, estamos a deixar ficar para trás os nossos esforços para alcançar as metas de ação climática do Acordo de Paris. Também estamos atrasados relativamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
“O turismo pode ajudar-nos a retomar o caminho. Mas temos que acelerar e aumentar as ações positivas. As micro, pequenas e médias empresas e as comunidades, que são a espinha dorsal do nosso setor, precisam de um forte apoio para serem agentes de uma transformação centrada nas pessoas”, acrescentou.
A investigação realizada pela OMT com os países do G20 para desenvolver as referidas Diretrizes destaca a necessidade de enfrentar os desafios para as MPMEs relativamente à falta de acesso a financiamento, à falta de acesso a inteligência de mercado, à incerteza de mercado, bem como à instabilidade da força de trabalho, às alterações de tendências e às necessidades dos consumidores e ainda aos baixos níveis de inovação.
Para as comunidades, os desafios mais relevantes são a incerteza dos mercados e as mudanças nas tendências de consumo, as receitas geradas pelo turismo na comunidade que não ficam lá, a falta de formação, de infraestrutura e governança adequadas, e a dependência excessiva do turismo.